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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

DONO DO SENADO

 
ZERO HORA 01 de fevereiro de 2013 | N° 17330


Renan à espera de sua volta por cima

PMDB oficializa alagoano como candidato a retornar à presidência da Casa

Alheio a qualquer pressão ou constrangimento, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi lançado oficialmente por seu partido como candidato à presidência do Senado. Alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República por supostas irregularidades em notas fiscais que apresentou para comprovar renda em 2007, o alagoano, que foi presidente por duas vezes – na segunda, renunciou para salvar o mandato –, é o favorito para a disputa de hoje.

Abaixo-assinados pipocam via internet, pedindo que Renan não seja eleito. Um protesto na quarta-feira pôs 81 kits de limpeza (um para cada senador) diante do Congresso para evitar o retorno do senador. Em 2007, o alagoano renunciou à presidência do Senado após uma onda de denúncias contra ele. À época, chegou a ser alvo de seis processos de cassação, mas apenas dois deles chegaram ao plenário, tendo sido absolvido dos dois.

Ontem, acabada a reunião que o formalizou como candidato, Renan não quis atender à imprensa.

– A candidatura não pertence até este presente momento ao senador Renan, e sim ao partido. Pertence à bancada e ao partido, que deliberou para o último dia. Ele estava construindo a candidatura – disse o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

O presidente da sigla não acredita que a candidatura de Renan esteja constrangendo os peemedebistas.

– O preço do PMDB é ver restabelecida a democracia no Brasil, ter ajudado governos a desenvolver o país. Ajudou no governo Fernando Henrique, no governo Lula, no da presidente Dilma, com o presidente Sarney e com Tancredo Neves – afirmou.

Na reunião, o PMDB definiu Romero Jucá (RR) como candidato à segunda vice-presidência da Mesa. Estavam presentes à reunião 17 senadores. Só faltaram Luiz Henrique (SC), por motivo de saúde, Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), ambos considerados independentes.

Não houve voto contra Renan, mas vários senadores do partido contestaram a forma e a demora no processo de escolha. Aos colegas, o alagoano prometeu uma série de ações para mudar a gestão do Senado. Uma delas é a criação da Secretaria da Transparência.

Independentes apoiam Taques para ampliar constrangimento

A resistência à volta de Renan à presidência está confinada aos poucos senadores independentes. Após uma reunião também ontem, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) desistiu de sair candidato para apoiar Pedro Taques (PDT-MT). Taques obteve ainda o reforço do PSDB e do PSB. Na contabilidade dos votos, é pouco provável que ocorra uma surpresa. A tentativa dos independentes é fazer barulho para amplificar ao máximo o constrangimento de Renan e José Sarney (PMDB-AP), atual presidente e parceiro de rodízio com o alagoano na presidência da Casa (veja destaque).

– Pedro Taques tem uma missão, que é resgatar o Senado Federal. Eleger Renan é caminhar para o precipício – disse Randolfe.

Questionado se teria chances de vencer, Taques disse que o número de votos “é o menos importante”.

– O que precisamos mostrar é que no Senado existe vida, e que ela não está atrelada ao passado – disse o candidato dos independentes.

Brasília

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