VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ELEIÇÃO DE RENAN

FOLHA.COM 06/02/2013 - 05h30

Enquete da Folha sobre eleição de Renan mostra votos diferentes


GABRIELA GUERREIRO
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

Senador de primeiro mandato, o mato-grossense Pedro Taques (PDT) foi escolhido por apenas 18 colegas na votação secreta em que perdeu a presidência do Senado para Renan Calheiros (PMDB-AL) na sexta-feira.

Em publico, porém, seu rol de admiradores parece ser um pouco maior.

Em enquete realizada pela Folha, 24 senadores asseguraram ter votado em Taques. Ou seja, a menos que tenham cometido um lapso coletivo em uma simples votação, pelo menos seis senadores mentiram.

Na semana passada, Taques recebeu formalmente o apoio dos partidos de oposição, o que lhe garantiria quase 30 votos na teoria. Como a votação foi secreta, alguns senadores não cumpriram a promessa.

A diferença não teria sido suficiente para tirar a vitória de Renan, mas a enquete sugere que o novo presidente do Senado, denunciado por três crimes pela Procuradoria-Geral da República, se beneficiou do voto secreto.

Editoria de Arte/Folhapress

Placar da enquete x placar da votação que elegeu Renan Calheiros


A Folha ouviu entre segunda-feira e ontem 73 dos 78 senadores que votaram na sexta. Renan teve menos votos na enquete que na votação real: apenas 35 senadores admitiram ter votado nele.

Outros 14 optaram por não declarar o voto e 5 não foram localizados. A enquete excluiu os três senadores que faltaram à sessão: Humberto Costa (PT-PE), Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) e João Ribeiro (PR-TO).

Em comum, os senadores que abriram o voto em favor de Renan dizem que cumpriram a tradição do Senado de escolher o candidato filiado ao maior partido da Casa.

"Meu voto foi de respeito à regra constitucional e regimental que define a proporcionalidade partidária, bem como a orientação do PT", justificou Eduardo Suplicy (PT-SP), que escreveu uma carta aos seus eleitores para explicar o apoio a Renan.

"O Taques acha que eu votei nele, o Renan também. O voto é secreto", disse o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que não quis revelar o voto.

Ao saber que teve mais apoio na enquete do que no dia da votação, Taques criticou a postura dos colegas, mas disse não estar chateado. "Quem deu a palavra não cumpriu. Quem tem que ficar magoado é quem não seguiu sua consciência."

Na bancada do PSDB, que tinha fechado o voto em Taques, o senador Ruben Figueiró (MS) admite que votou em Renan. Ele assumiu o mandato como suplente na semana passada e disse que havia prometido ao titular da cadeira que votaria em Renan.

Os outros tucanos dizem ter votado em Taques. No DEM, que tem 4 senadores, 2 declararam o voto em Taques.

O PT havia fechado posição em favor de Renan, que teve o apoio do Palácio do Planalto. Entretanto, dois senadores da bancada não quiseram revelar o voto e 2 não foram encontrados pela reportagem.


Editoria de Arte/Folhapress





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