VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

POLÍTICOS ZUMBIS FAZEM MAL A COMPETIVIDADE

JORNAL DO COMERCIO 21/02/2013

EDITORIAL


Desde que o Brasil passou a ser visto como um grande entre as principais economias do mundo, as lentes da mídia mundial se voltaram para o berço do samba e do futebol. Não por acaso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual presidente, Dilma Rousseff, ocupam com frequência a capa dos principais jornais e revistas de economia do mundo.

A mídia internacional percebe o Brasil hoje como uma nação pujante, porém ainda carente de confiança, mas bem diferente dos tempos em que só éramos notícia quando recorríamos ao FMI na segunda-feira para resgatar a fatura vincenda da terça. Pagamos nossa dívida externa, implementamos programas sociais importantes e, em pouco tempo, quase 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média, foram apresentados ao consumo e contribuíram para formar um mercado interno que escudou os efeitos da crise do subprime. Sobreveio a crise europeia e o Brasil tenta se colocar em dia com o desenvolvimento, embora um pouco atrapalhado, crescendo menos do que devia, mas, ainda assim, gerando emprego e renda.

A abordagem externa à condução da economia brasileira vem ganhando temperos mais ácidos, nos últimos tempos, é bem verdade, porque a equipe econômica não vem conseguindo traduzir em resultados o esforço que faz distribuindo renúncia fiscal. Mas quantos grandes, afinal, estão melhores que nós?

Já houve até uma publicação externa recomendando a demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, algo que jamais seria levado a sério nos dias de hoje. Foi-se o tempo em que forças externas nomeavam generais e demitiam ministros por aqui.

É bom levar em conta, no entanto, que as lentes que captam a cena econômica brasileira miram também a prática política que Brasília aceita como legítima. É o preço da fama. Antes não éramos apenas vistos, agora, somos vigiados - e como.

Escândalos como o do mensalão, por exemplo, ganharam destaque nas principais redes de tevê, jornais e revistas mundo afora. Agora, a controvertida eleição do presidente do Senado também mereceu atenção da mídia internacional. No último sábado, em artigo que analisa a recondução de Renan Calheiros à presidência da Casa, a revista britânica The Economist descreve a face corrupta de alguns de nossos políticos e chama de “zumbis” o grupo que o elegeu.

Nada mais, portanto, que se fizer de certo ou de errado no Brasil, daqui para frente, deixará de ser percebido. Agora, somos grandes. E, como economia e política formam um binômio indissociável, é licito afirmar que, para melhorarmos nossa imagem lá fora, não bastam notas altas na economia, é preciso também mudar o jeito de se fazer política. Afinal, nunca antes na história deste País fomos tão observados.

É necessário que se compreenda que os grandes players não olham apenas para o cenário econômico quando decidem investir em um país. Olham também para a solidez de sua democracia e para qualidade de seus políticos. Países corruptos ou percebidos como corruptos perdem competitividade.

Renan Calheiros e seus zumbis reduzem a competitividade brasileira.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostaria que o povo brasileiro tivessem vergonha na cara e fazer uma campanha do voto zero. Votar zero nos números dos deputados (E-F) e senadores. Somos obrigados a ir votar, mas não somos obrigados a votar. Então em vez de votar em nos prejudicar votaremos zero,zero,zero.
Jonathas Cardoso