VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

DOAÇÕES IMORAIS



ZERO HORA 17 de julho de 2015 | N° 18229



EDITORIAIS




Em depoimento à CPI da Petrobras, na última quarta-feira, o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, acrescentou mais um elemento para reflexão a respeito das doações de empresas a campanhas eleitorais. Cardozo admitiu que as doações legais, registradas no TSE, podem ser criminosas se o recurso for ilícito e se o destinatário tiver ciência disso. É, ao mesmo tempo, uma admissão de que o sistema de doações por empresas privadas precisa ser reformulado e um argumento para os políticos beneficiados, que dificilmente dirão que sabiam da origem dos recursos.

Muitos dos beneficiados já têm recorrido a esse argumento, com a desculpa de que não poderiam saber de nada, porque boa parte das doações foi feita aos partidos, e não diretamente aos políticos. O desafio para as instituições é identificar, a partir das suspeitas levantadas, quem de fato usufruiu de esquemas delituosos, sabendo do que se tratava, e quem ignorava a origem criminosa dos recursos. É uma tarefa complexa, de difícil execução. Uma decisão política evitaria que se mantivessem as dúvidas sobre a cumplicidade ou não de beneficiários de doações de empresas privadas, sejam ou não empreiteiras.

Bastaria que os próprios parlamentares, com engajamento decisivo do Executivo, proibissem que pessoas jurídicas financiem partidos e candidatos. Mas não é isso o que os congressistas querem, como ficou claro na primeira votação do tema pela Câmara, quando foram mantidas as doações privadas aos partidos. O assunto volta à pauta em agosto, para uma segunda votação, quando os deputados terão a chance de eliminar os financiamentos que estão na origem da maioria dos casos de corrupção.

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