VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

EM CAUSA PRÓPRIA


ZERO HORA 9 de julho de 2015 | N° 18221


EDITORIAIS



Votada em segundo turno pela Câmara, a tímida reforma política que está sendo examinada pelo Congresso vai agora para o Senado, eivada de corporativismos. Das 11 modificações aprovadas pelos deputados, pelo menos cinco contemplam temas de interesse dos próprios parlamentares e esse viés tende a ser seguido pelos senadores, inconformados com a redução de seus mandatos de oito para cinco anos. O país está, mais uma vez, perdendo uma oportunidade para aperfeiçoar a democracia e recuperar a confiança dos cidadãos nos seus representantes políticos. Ao pensarem apenas em seus interesses, e ainda assim no curto prazo, os congressistas estão, na verdade, marcando um gol contra.

A sociedade, que conhece a composição atual da Câmara e a forma como seus trabalhos vêm sendo conduzidos, não tem motivos para se surpreender com o faz de conta da reforma. Ainda assim, é lamentável que, depois de tantos anos de idas e vindas, os parlamentares tenham perdido a oportunidade de votar uma efetiva reforma política, pois se limitaram apenas a mudanças de cunho eleitoral.

Além de não envolver os eleitores no debate sobre as mudanças, a Câmara ignorou aspectos como a rejeição da maioria ao financiamento privado de campanhas. Os parlamentares limitaram-se a condicionar as contribuições de empresas aos partidos, vedan- do-as aos políticos.

A conformação final das alterações ainda vai depender do Senado. Mas, ao que tudo indica, não será desta vez que o país enfrentará questões de fundo, como a forma de assegurar maiorias no Congresso e a construção da governabilidade.

Nenhum comentário: