VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O TARIFAÇO ESTADUAL



ZERO HORA 21 de julho de 2015 | N° 18233

EDITORIAIS


Diante do descalabro das finanças do Estado, a população sente-se fragilizada para reagir ao tarifaço planejado pelo governo, que atinge de produtos básicos a gasolina e energia elétrica. É uma atitude prevista, apesar das promessas em contrário durante a campanha, mas o sacrifício somente será tolerado se o governo adotar medidas corajosas para a redução da máquina pública, além do congelamento temporário dos salários dos servidores. Aumento de impostos é o recurso mais cômodo ao alcance dos governantes, como ocorre também na esfera federal mas insuficiente para que uma situação crônica não volte a se repetir, tão logo as medidas ditas de exceção deixem de vigorar.

O Estado tem um déficit estimado em pelo menos R$ 5,4 bilhões para este ano. Com o pacote em gestação, especula-se que a receita suplementar possa chegar a R$ 2 bilhões anuais, a partir de 2016. O sacrifício imposto a todos, das empresas ao cidadão comum, será insuficiente para atenuar de forma significativa o rombo acumulado desde o governo anterior. Por isso, a venda de empresas públicas, ainda que dependa de aprovação plebiscitária, precisa continuar na agenda. Mesmo assim, com o aumento eventual de receita e a transferência de organismos públicos para a iniciativa privada, a correção de rota estará incompleta.

O que a população espera, como gesto maior, é a firme disposição do governador de adequar o tamanho da máquina do Estado à capacidade de sustentação dos contribuintes. Para tanto, o senhor José Ivo Sartori terá de ir além das decisões pontuais e mexer nas estruturas de governo, que levem em conta gestão e eficiência e, por consequência, melhores serviços a todos. Mesmo que esse gesto contrarie alguns interesses setoriais e dogmas que não contribuem para o aperfeiçoamento do setor público.

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