ZERO HORA 08 de agosto de 2015 | N° 18252
EDITORIAL
O apoio de federações empresariais à estabilidade política e à governabilidade contrasta com o programa rançoso apresentado na quinta-feira pelo Partido dos Trabalhadores, que tenta transferir a responsabilidade da crise para adversários políticos, desenha um Brasil irreal e desdenha dos panelaços, que até podem ser promovidos por uma minoria, mas certamente refletem a insatisfação dessas pessoas com o governo. Reconhecer a crise – disse o vice-presidente Michel Temer – é o primeiro passo para superá-la.
Essa visão sensata é compartilhada por lideranças empresariais como os presidentes das federações das indústrias do Rio e de São Paulo (Firjan e Fiesp), que assinam nota conjunta defendendo “responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil”. O manifesto firmado pelos senhores Eduardo Eugenio Gouvêa e Paulo Skaf diz que os empresários não podem se omitir diante do jogo de interesses políticos que vem gerando “irresponsabilidades fiscais, tributárias e administrativas” com potencial para colocar em risco empresas e empregos.
Por isso, pedem para os políticos colocarem de lado ambições pessoais ou partidárias e focarem o interesse maior do Brasil.
Faz todo o sentido. Pena que as principais lideranças do PT, que deveria ser o partido mais interessado num pacto de governabilidade neste momento, tenham aproveitado o momento de visibilidade do programa político de quinta para provocar oposicionistas e colocar ainda mais lenha na fogueira da crise.
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