VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O PIOR DIA DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE


ZERO HORA 03 de agosto de 2015 | N° 18246


DAVID COIMBRA



Hoje é o pior dia da história do Rio Grande do Sul. Hoje, 3 de agosto de 2015, é um dia tristemente histórico.


Líderes de policiais civis e militares avisaram que as ruas das cidades do Rio Grande são perigosas para os cidadãos. O conselho dos responsáveis pela segurança pública é o atestado do fracasso da nossa sociedade: que todos fiquem trancados em casa, que se defendam como puderem, porque o Estado não o fará. Mulheres podem ser estupradas à luz do dia, o comércio pode ser saqueado, assassinatos podem ser cometidos. Não haverá repressão nem vigilância. Vale tudo, nesta terra sem lei.

Pobres de nós, gaúchos. Nós, que éramos tão altivos.

E o governador, o homem escolhido pelo povo para zelar pelo Estado, o que é feito dele? Sartori, simplesmente, sumiu. Anunciou o parcelamento dos salários dos funcionários, viu que as estruturas do Estado começavam a desmoronar e viajou para o Paraná.

Governador! Por favor, governador! Numa hora dessas, o senhor deveria estar negociando com os funcionários, deveria estar conversando com a sociedade, acalmando as pessoas, explicando a situação, tentando, pelo menos, demonstrar alguma preocupação com o que está acontecendo! Um governador de um Estado não é só um administrador; é um líder. Ele tem a legitimidade do voto. Com essa legitimidade, são dele o poder e a obrigação de buscar soluções. E, se não houver solução, pelo menos de fazer com que as pessoas compreendam por que não há. Não se omita, governador!

Mas o governador se omite. O governador, ao que parece, não se importa.

Enquanto isso, o ex-governador Tarso Genro usa as redes sociais para fazer ironias sobre a fraqueza do seu sucessor e jogar a culpa pelo que está acontecendo... na RBS!

A RBS é a culpada, ex-governador Tarso Genro? A RBS? Será que o senhor não tem nenhuma parcela de responsabilidade nisso tudo? O senhor governou o Rio Grande por quatro anos. Será que o Estado que o senhor deixou estava em perfeita ordem, e agora Sartori só tem de fazer o que está fazendo por sadismo? É nisso que o senhor quer que acreditemos, governador?

É muita desfaçatez! Se o Estado vinha mal, depois de Tarso piorou. Tarso legou o problema a Sartori, e Sartori não sabe como resolvê-lo.

O quanto há de irresponsabilidade e o quanto há de incompetência, isso nós, gaúchos, haveremos de um dia descobrir. Nós, que éramos tão altivos. Pobres de nós.

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