ZERO HORA 23 de agosto de 2015 | N° 18271
EDITORIAL
É
preciso dar força aos órgãos de investigação e ao Poder Judiciário para
que, nos casos de corrupção, “inocentes sejam absolvidos e culpados
condenados”.
Manifesto
conjunto divulgado na última quarta-feira pela Confederação Nacional da
Indústria, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por entidades das áreas
de transporte e saúde contempla mais do que a visão desses setores
produtivos sobre a crise ética, política e econômica que se abate sobre o
país. Ao pedir que as forças políticas de todas as tendências trabalhem
para a correção dos rumos da nação e promovam as mudanças necessárias,
respeitando a Constituição, os signatários da Carta à Nação representam
todos os brasileiros que desejam superar logo este momento triste da
nossa história. Independentemente de origem e responsabilidades, a crise
agora é de todos – e todos temos que contribuir de alguma forma para
erradicá-la.Não se trata de aliviar críticas ou suspender a fiscalização sobre governantes e políticos que não cumprem suas atribuições. Pelo contrário, o manifesto enfatiza que é preciso dar força aos órgãos de investigação e ao Poder Judiciário para que, nos casos de corrupção, “inocentes sejam absolvidos e culpados condenados”. E conclui que a corrupção não pode seguir como um empecilho para o desenvolvimento do país.
Aí talvez esteja o ponto central do apelo: o Brasil não pode parar. O combate à corrupção e mesmo o debate político podem e devem prosseguir sem interferir demasiado na economia, sem aumentar a recessão e o desemprego. Há, sim, como fazer isso. Basta implementar medidas que reduzam o tamanho do Estado, melhorem a infraestrutura, estimulem os negócios e conquistem a confiança de parceiros privados. Ao mesmo tempo, é impositivo que o governo supere resistências políticas e promova reformas indispensáveis à retomada da atividade econômica.
O chamamento das entidades empresariais é oportuno neste momento em que algumas lideranças políticas e partidárias parecem mais preocupadas em disputar o poder do que em debater soluções efetivas para o Brasil. Antes de se pensar em ruptura institucional – que até pode ocorrer, desde que de forma democrática e com razões consistentes –, é preciso que cada brasileiro reflita sobre o que pode fazer pelo país. Esta Carta à Nação aponta um caminho sensato.
O LEITOR CONCORDA
Concordo, o Brasil não pode parar, mas também não podemos deixar a corrupção continuar. Fazem-se necessárias medidas urgentes, para que a crise acabe logo. Cada cidadão brasileiro deve exercer seu papel de cidadania dentro do processo democrático, fazendo sua parte para acabar com a corrupção. Ela deve ser combatida e os culpados devem ser exemplarmente punidos, demonstrando seriedade e mantendo a credibilidade do país no cenário econômico.
CRISTIAN LEONHARDT TEUTÔNIA (RS)
A economia parando é o povo que sofre. Lugar de corrupto é na cadeia e todos os seus bens devem ser confiscados.
EDGAR DA SILVA SANTOS CAPÃO DA CANOA (RS)
A corrupção deveria ser levada a sério neste país, porém é pouco combatida e, por vezes, ignorada. Devemos repudiar esse crime social e aplicar punições individuais aos responsáveis sem prejudicar a vítima desta situação: a sociedade.
RAFAEL FREITAS RIO DE JANEIRO (RJ)
Acho que o país não pode parar por causa da corrupção, devemos buscar também mais justiça igualitária, saúde para todos e muito mais educação para os pobres para poderem entender o que é poder. A corrupção é o maior crime no Brasil e devemos excluir qualquer corrupto que atue em nosso território. Xô, ladrões.
MARTIM AQUINO MARQUES FILHO PELOTAS (RS)
O LEITOR DISCORDA
Se tivéssemos garantia de sucesso de que todos os corruptos fossem afastados e nunca mais tivessem cargos, e de que novas ideias e pessoas corretas assumiriam a rota da nossa nação, não veria problema em a economia ter alguns abalos. As perdas ocorridas com a situação atual mostram-se muito mais graves, perdas essas rapidamente recuperáveis, com as verbas públicas sendo investidas no que realmente gera renda: educação, saúde, segurança... Enfim, economia parada para curar esse mal é remédio amargo, muito amargo, mas necessário.
JULIANO PEREIRA DOS ANJOS N. SANTA RITA (RS)
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