VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

SEM PLANO B




ZERO HORA 26 de agosto de 2015 | N° 18274


EDITORIAL



A entrevista do governador José Ivo Sartori a Zero Hora deixa evidente que o governo não tem alternativa para enfrentar a crise financeira do Estado – que, na verdade, é uma crise específica da administração pública, ainda que provoque efeitos negativos em toda a sociedade. O que está quebrado é o setor público, porque tem sido historicamente mal administrado, porque gasta mais do que arrecada, porque tem estruturas viciadas por privilégios corporativos e leis protecionistas.

A manifestação do governador preocupa pelo fato de tornar claro que qualquer ação, por mais ousada que possa se mostrar, é insuficiente a esta altura para propiciar um alívio financeiro imediato e mesmo para resolver integralmente os problemas a médio e longo prazos. Por algum tempo, os salários dos servidores continuarão parcelados. E, mesmo uma decisão impopular como o aumento de tributos, se aprovada, tende a assegurar apenas um terço dos recursos necessários para equilibrar as finanças.

Por mais que o governador alegue estar negociando saídas também com outros poderes, o esforço maior, neste momento, recai sobre o Executivo. Isso significa que, além de correr o risco de pagar ainda mais impostos, o contribuinte precisa conviver com servidores insatisfeitos e serviços ainda mais precários.

Um Estado da importância do Rio Grande do Sul não poderia ter deixado a crise prosperar a ponto de ficar refém de uma única saída, perniciosa para a sociedade: mais tributos. O que resta, agora, é compartilhar o ônus das ações inadiáveis entre todos os gaúchos, sem distinção.

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