VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

PERDE A SOCIEDADE

 
 
ZERO HORA 19 de agosto de 2015 | N° 18266
 
 

EDITORIAIS


Ao se decidirem por uma paralisação preventiva de três dias como protesto contra o parcelamento de salários e também contra propostas de ajuste fiscal, os servidores públicos trazem para a realidade do Estado um conhecido adágio de tempos de crise: Em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. O governo não tem de onde tirar dinheiro para cumprir todos os seus compromissos, mas os trabalhadores precisam da garantia de que receberão seus vencimentos em dia, até porque também têm obrigações a cumprir. O mais lamentável desse impasse é que os cidadãos acabam sendo duplamente prejudicados, pela suspensão dos serviços públicos que sustentam com seus impostos e pelo aumento dessas tarifas.

A folha de pagamento do Executivo foi colocada em dia, mas a perspectiva é de atraso e novo parcelamento no final do mês. Além da ameaça de corte de ponto dos grevistas, o governo deve mandar para a Assembleia, ainda nesta semana, os projetos de elevação de ICMS e de reajuste de outras tarifas públicas, planejados para atenuar a crise financeira no futuro. Neste contexto, o único efeito da suspensão dos serviços, decidida ontem pelas lideranças de várias categorias, pode ser a antecipação do envio da proposta de aumento do percentual de saque dos depósitos judiciais, que evitaria novos parcelamentos até o final do ano. Depois, ninguém sabe o que acontecerá.

Ainda que seja compreensível a reação dos servidores, a suspensão de serviços, especialmente nas áreas de educação e segurança, tende muito mais a prejudicar a população do que a forçar o governo a adotar qualquer medida que já não esteja na sua agenda de providências para atenuar a crise.

Nenhum comentário: