VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA



ZERO HORA 04 de agosto de 2015 | N° 18247



EDITORIAIS




Depois de inexplicável omissão, finalmente o governador José Ivo Sartori assumiu o comando da crise por que passa o Estado e decidiu convocar os chefes dos demais poderes para compartilhar as providências que estão sendo tomadas pelo governo para atenuar o sacrifício imposto ao funcionalismo. Como bem disse o secretário Giovani Feltes, o Estado vive uma situação de emergência. À sociedade, e aos servidores em particular, resta torcer para que o governo não se limite a continuar pedindo compreensão e consiga tirar o Estado de uma situação falimentar. É preciso que assuma de vez as providências para a normalização imediata do funcionamento do setor público e para viabilizá-lo a médio e longo prazos.

Diante da perspectiva de agravamento da situação, principalmente se prosperar a greve geral anunciada para o dia 18, o governador José Ivo Sartori abriu ontem um diálogo indispensável com outros poderes, que não podem mais ficar alheios à situação. Era mais do que hora: já nos primeiros dias, os protestos dos servidores foram suficientes para dar uma ideia do que ocorre quando o poder público falha nas suas atribuições constitucionais: menos policiamento nas ruas, alunos e pacientes ainda mais desassistidos e alterações até mesmo em serviços que nada têm a ver com o governo estadual, como suspensão de linhas de ônibus urbano e prejuízos na entrega de correspondência.

A realidade enfrentada agora pelos gaúchos só atingiu proporções de caos devido a omissões e equívocos gerenciais por parte de governantes anteriores, que não têm como prosseguir no atual, pois não há mais como recorrer a artifícios. O Estado precisa de um horizonte claro para sair logo da crise, definido com a transparência e a coragem que faltaram na questão do parcelamento do salário dos servidores.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A CRISE É DO ESTADO, E NÃO DO PODER EXECUTIVO. A crise deve ser tratada pelos Poderes independentes e harmônicos entre si que governam o Estado do RS. Não existe separação de Poderes no Estado uno e indivisível. A insolvência é consequência da omissão dos poderes; da inoperância da justiça, dos fiscais e dos controles; da impunidade dos altos cargos do poder; do modo perdulário, corporativo e partidário que governam; e da conivência de todos com a centralização de impostos e decisões em Brasília, violando princípios federativos, democráticos, republicanos e administrativos.

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