VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A IMAGEM DOS DEPUTADOS


Adão Oliveira | adaooliveira@hotmail.com

Conexão Política
JORNAL DO COMERCIO Notícia da edição impressa de 16/01/2013






Henrique Eduardo Alves, deputado federal pelo PMDB, com 42 anos de atividade parlamentar - 11 mandatos consecutivos -, será o próximo presidente da Câmara dos Deputados, sucedendo o petista Marco Maia. Ele esteve ontem em Porto Alegre. Aqui, foi ciceroneado pelo deputado federal Eliseu Padilha, presidente da Fundação Ulisses Guimarães. Alves iniciou aqui uma caminhada que pretende alcançar as capitais dos principais estados brasileiros.

Ele pretende se mostrar aos deputados federais de todo o País. Falando a integrantes de partidos políticos, em um almoço na Churrascaria Na Brasa, Henrique Eduardo Alves pediu votos para os gaúchos. Disse que pretende mudar a imagem da Câmara dos Deputados, fortalecendo a figura do parlamentar. O futuro presidente reconhece que a Casa está desmoralizada. “Eu não uso mais o bóton de deputado”. Para o futuro presidente da Câmara, o deputado, tão respeitado em outros tempos, hoje é achincalhado em praça pública.

Ele pretende mudar isso. Outra coisa que Henrique Eduardo Alves não aceitará é ministro dar chá de banco em deputado. “Isso vai acabar”, disse. “Duas palavras nortearão minha atuação: Não vou admitir a subserviência, ao mesmo tempo em que vou exigir respeito aos deputados.” Alves disse que sua gestão terá um “slogan”: fazer ou fazer. Ele vai começar seus trabalhos, na presidência da Câmara, propondo a criação do Orçamento Impositivo: “Claro que isso será apresentado depois de muito diálogo com as bancadas partidárias”.

Mas, de tudo o que ele disse, uma declaração do futuro presidente da Câmara me deixou com a pulga atrás da orelha. Ele informou que a TV Câmara será mais Câmara do que TV. E mais: prometeu colocar um ex-deputado para dirigir a TV Câmara. Só assim, segundo ele, a atividade parlamentar será destacada como merece. O deputado Eliseu Padilha, esperto como sempre, aproveitou a deixa e sugeriu: “Convida o Ibsen Pinheiro, que é do ramo”. Estiveram presentes ao “ágape” o atual presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, deputados federais, estaduais e prefeitos.

Descompasso

Presidente estadual do PSD, o deputado federal Danrlei de Deus Hinterholz terá de conversar de pertinho com a bancada do partido na Câmara Municipal de Porto Alegre. Além de desmentirem as informações do presidente municipal da legenda, Nelcir Tessaro, os parlamentares fizeram uma crítica velada ao dirigente em nota direcionada à imprensa, ontem.



Em visita a Porto Alegre, Henrique Alves nega relação com desvios

Maurício Macedo

MARCOS NAGELSTEIN/JC
Acompanhado de lideranças do PMDB no Estado, parlamentar se reuniu com Tarso Genro
Acompanhado de lideranças do PMDB no Estado, parlamentar se reuniu com Tarso Genro
O Rio Grande do Sul foi o primeiro de 12 estados a receber a visita do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está em campanha pela presidência da Câmara dos Deputados. O peemedebista almoçou ontem numa churrascaria da Capital com parlamentares gaúchos, companheiros de partido e alguns prefeitos da Região Metropolitana.

À tarde, acompanhado pelo atual presidente da Casa, o gaúcho Marco Maia (PT), esteve no Palácio Piratini para um encontro com o governador Tarso Genro (PT). “A reunião foi ótima. Tarso é um velho companheiro. Ao lado de Michel Temer (vice-presidente da República), foi o construtor desta sólida aliança entre o meu partido e o PT”, comentou. Além do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, também participaram do encontro os deputados Eliseu Padilha e Osmar Terra, todos do PMDB.

No entanto, o assunto do dia foram as acusações de desvios que pesam contra Alves, divulgadas no fim de semana. Uma delas levanta a suspeita de o deputado nordestino ter beneficiado um assessor, que também é tesoureiro do partido no Rio Grande do Norte e sócio de uma empresa contratada para fazer obras financiadas por emendas do próprio parlamentar. O valor repassado pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas, por meio de convênios com prefeituras, chegaria a mais de R$ 1,2 milhão. Na segunda-feira, o assessor do peemedebista pediu demissão.

Confrontado pelos repórteres, Henrique Alves negou participação em irregularidades e disse que as denúncias são falsas. “Meu assessor não recebeu recursos. Ele era apenas cotista da empresa. De qualquer forma, para evitar embaraços na minha campanha, pediu exoneração do cargo.”

O atual líder do PMDB na Câmara destacou, ainda, que está há 42 anos no cargo de deputado (11 mandatos), período no qual teria encaminhado mais de mil convênios no setor público. “Venho cumprindo meu dever, que é defender os interesses do meu estado. A minha parte eu fiz. Destinei recursos para obras que foram realizadas. A partir daí, eu não cuido. Quem deve fiscalizar se está havendo algum desvio nas licitações são os órgãos de controle”, respondeu.

Cicerone de Alves no Estado, o deputado Padilha considera que as denúncias já são assunto superado. “Depois da conversa do (José) Sarney e do Renan (Calheiros) com a presidente Dilma (Rousseff) ontem (segunda-feira), quando ela manteve o apoio, acho que esse caso já é página virada”, argumentou. Se Padilha estiver mesmo com a razão, Henrique Alves deve confirmar a vitória na eleição marcada para o dia 1 de fevereiro, garantindo a presidência da Câmara pelos próximos dois anos. Correm por fora os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES).

Já com discurso de vitorioso, peemedebista promete realizar debate sobre pacto federativo

Com o respaldo do Palácio do Planalto e dos grandes partidos, Henrique Eduardo Alves é o favorito na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. E ele já projeta os principais temas que pretende levar a debate caso seja eleito no começo do mês que vem. “As prioridades serão a reforma política e a rediscussão do pacto federativo, de forma a melhorar a distribuição do orçamento”, afirmou.

A intenção do peemedebista é forçar a ampliação dos repasses de verbas aos municípios, que, na avaliação dele, “estão paupérrimos”. Sobre a reforma política, explicou que a ideia é iniciar o diálogo com base na proposta defendida pelo deputado gaúcho Henrique Fontana (PT).

Apesar do discurso de quem tem confiança na vitória, Henrique Alves deu demonstrações de cautela. “Não escrevam que estou falando como presidente”, disse aos jornalistas. “Ainda não sentei na cadeira. Fernando Henrique (Cardoso) fez isso uma vez e perdeu”, recordou. No entanto, questionado pela reportagem se não temia a repetição do fenômeno Severino Cavalcanti (parlamentar do chamado “baixo clero” que, contrariando todas as expectativas, foi eleito para presidir a Casa em 2005), Alves afirmou estar tranquilo. “Confio na base. Fiz reunião com todos os parlamentares de cada bancada que me apoia.”




Nenhum comentário: