ZERO HORA 27 de janeiro de 2013 | N° 17325
BEM SEGURO. Edifício do Senado tem 900 câmeras
Manutenção de sistema de segurança da Casa, que foi ampliado, custa R$ 603,8 mil anualmente
Entradas, saídas, visitas, conversas no corredor. Difícil encontrar um lugar dos 267 mil metros quadrados do Senado – são 28 andares – que não seja monitorado por uma das 900 câmeras de segurança. Com o triplo do tamanho – 840 mil metros quadrados de extensão territorial –, a Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, recebeu 80 câmeras de vigilância em janeiro deste ano.
Só na entrada lateral do prédio, na Esplanada dos Ministérios, são 10 equipamentos. No hall de entrada do gabinete da Presidência, mais 10. Os passos de quem passa pelo acesso ao plenário são vigiados por outras sete câmeras.
Os corredores onde ficam os gabinetes do senadores têm uma média de quatro gravadores de vídeo cada um. Além do prédio principal, dos anexos e garagens, as residências oficiais dos senadores e da Presidência da Casa também são monitorados.
De responsabilidade da Polícia Legislativa, a última licitação, que trocou pelo menos 150 equipamentos e modernizou o sistema, custou aos cofres públicos R$ 3,1 milhões, pagos à empresa Multidata. De diferentes tipos (há pequenas e grandes filmadoras, as que funcionam 24h ou as que são acionadas por movimento), algumas chegam a custar R$ 11,5 mil.
A mesma Multidata é responsável pela manutenção do sistema de cabeamento de dados da Casa. O contrato, de R$ 459,6 mil ao ano em 2008, hoje está em R$ 603,8 mil. Por mês, o governo do Rio de Janeiro gasta R$ 98 mil para manter o sistema de vigilância na Favela da Rocinha.
As imagens, hoje digitalizadas, são armazenadas pela Polícia Legislativa do Senado. Para conseguir ter acesso a uma delas, segundo os próprios policiais, é preciso abrir um inquérito para investigar algo.
– E, mesmo assim, não abrimos o vídeo para qualquer pessoa. Ele serve para trabalho policial – destacou um funcionário.
Os senadores podem solicitar acesso às imagens por meio de um requerimento. O pedido é analisado pela Presidência da Casa, que pode negá-lo. Foi o que ocorreu em março de 2006, quando a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) tentou acesso às imagens da segurança para identificar passagens do caseiro Francelino Costa, que denunciou o então ministro Antônio Palocci de envolvimento no escândalo que levou à CPI dos Bingos.
BRASÍLIA
Entradas, saídas, visitas, conversas no corredor. Difícil encontrar um lugar dos 267 mil metros quadrados do Senado – são 28 andares – que não seja monitorado por uma das 900 câmeras de segurança. Com o triplo do tamanho – 840 mil metros quadrados de extensão territorial –, a Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, recebeu 80 câmeras de vigilância em janeiro deste ano.
Só na entrada lateral do prédio, na Esplanada dos Ministérios, são 10 equipamentos. No hall de entrada do gabinete da Presidência, mais 10. Os passos de quem passa pelo acesso ao plenário são vigiados por outras sete câmeras.
Os corredores onde ficam os gabinetes do senadores têm uma média de quatro gravadores de vídeo cada um. Além do prédio principal, dos anexos e garagens, as residências oficiais dos senadores e da Presidência da Casa também são monitorados.
De responsabilidade da Polícia Legislativa, a última licitação, que trocou pelo menos 150 equipamentos e modernizou o sistema, custou aos cofres públicos R$ 3,1 milhões, pagos à empresa Multidata. De diferentes tipos (há pequenas e grandes filmadoras, as que funcionam 24h ou as que são acionadas por movimento), algumas chegam a custar R$ 11,5 mil.
A mesma Multidata é responsável pela manutenção do sistema de cabeamento de dados da Casa. O contrato, de R$ 459,6 mil ao ano em 2008, hoje está em R$ 603,8 mil. Por mês, o governo do Rio de Janeiro gasta R$ 98 mil para manter o sistema de vigilância na Favela da Rocinha.
As imagens, hoje digitalizadas, são armazenadas pela Polícia Legislativa do Senado. Para conseguir ter acesso a uma delas, segundo os próprios policiais, é preciso abrir um inquérito para investigar algo.
– E, mesmo assim, não abrimos o vídeo para qualquer pessoa. Ele serve para trabalho policial – destacou um funcionário.
Os senadores podem solicitar acesso às imagens por meio de um requerimento. O pedido é analisado pela Presidência da Casa, que pode negá-lo. Foi o que ocorreu em março de 2006, quando a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) tentou acesso às imagens da segurança para identificar passagens do caseiro Francelino Costa, que denunciou o então ministro Antônio Palocci de envolvimento no escândalo que levou à CPI dos Bingos.
BRASÍLIA
Sarney: Casa está “bem organizada”
Com gestões no comando do Senado marcadas por acusações como o escândalo dos atos secretos, o senador José Sarney (PMDB-AP) disse na sexta-feira que vai entregar a Casa “administrativamente muito bem organizada” ao seu sucessor.
O peemedebista afirmou que “poucas repartições públicas têm estrutura de gente tão competente como no Senado”. Ele disse ainda estar “feliz” em transmitir o cargo por acumular uma “carga muito grande de trabalho”.
– Estou vendo com muita felicidade chegar o dia de transferir a presidência do Senado. É uma carga muito grande de trabalho. É uma Casa de administração complexa e acredito que vamos entregar o Senado muito bem organizado. A parte da reforma administrativa 80% está finalizada – afirmou.
Sarney disse que, depois de deixar o cargo, vai se dedicar ao seu mandato na Casa e aos trabalhos legislativos.
– Não tive tempo porque estava mais voltado para a área administrativa e também para a parte política das decisões da nossa pauta – disse.
Ao ser questionado se vai sentir falta da cadeira de presidente do Senado, Sarney desconversou:
– Eu tenho por norma quando deixo os cargos, não olho para trás.
Em 2009, Sarney foi um dos protagonistas do caso dos atos secretos – que mostrou que, em 14 anos, 511 medidas administrativas deixaram de ser publicadas. O escândalo gerou dez representações contra Sarney, todas arquivadas pelo Conselho de Ética.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para o SENADO FEDERAL há fartos recursos destinados à saúde e segurança dos nobre senadores. Para a população que elege estes "nobres" sobram migalhas, filas nos postos de saúde, corredor dos hospitais e terror nas ruas, lares e comércio. Enquanto a "casa" do Sarney está "bem organizada", quem paga o custo da "casa" do Sarney está...
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