EDITORIAL
A tendência de todos nós, diante do noticiário de crimes hediondos, é a de pedir um castigo muito forte. De preferência, logo após a prisão do culpado. Se é uma emoção válida, tem pouca ou quase nenhuma racionalidade. Temos sentimentos como raiva, tristeza e vontade de vingança. Nem por isso podemos sair por aí fazendo justiça com as próprias mãos ou de maneira draconiana. Entretanto, a impunidade que reina em Brasília e os exemplos que vêm de lá ajudam nesta mixórdia da insegurança nacional. Tanto é verdade que senadores divulgaram manifesto em que comparam a volta do líder do PMDB, Renan Calheiros, por demais execrado sob acusações, à presidência da Casa à escolha feita pelos antigos “coronéis do interior” na época da Primeira República (1889-1930). Não surpreendem, então, os mais de 40 mil homicídios registrados anualmente no País e que indicam o fracasso do nosso modelo de segurança dos últimos 40 anos. São crimes passionais, fortuitos, por brigas, e não, necessariamente, premeditados. O que fica é uma impotência social e individual muito grande. Mesmo com o heroísmo de policiais civis, militares e federais, dos nossos bombeiros e dos guardas municipais, é um número assustador. Evidentemente que somente o armamento, mais policiais e o enfrentamento não surtirão todo o efeito desejado. Violência pura, sem inteligência e ações preventivas, jamais será a solução, e menos a definitiva.
Além disso, somos mortais. Ninguém escapará deste destino biológico, mesmo que muitos idosos insistam em continuar jovens fisicamente, através de muitos artifícios com o apoio da medicina. Simultaneamente, existem moços que querem permanecer com a eterna juventude. Idosos e jovens estão errados. A vida só anda para a frente, e o destino de todos nós é a morte inexorável. Nos últimos tempos, graças a uma divulgação maciça da imprensa, principalmente das televisões, o noticiário policial, com a sucessão de crimes cruéis - se é que nem todo crime não é cruel -, a população está com medo. Mata-se primeiro para depois o marginal pedir o carro, o celular, o dinheiro ou qualquer outro bem, geralmente para trocá-lo por drogas. Este medo vai crescendo por todo o Brasil. A morte ronda a cada cidadão, como se todos fossem objeto de uma roleta russa. Uma gaúcha, morta ao atravessar, acompanhada, a Ponte da Amizade - quanta ironia! – sem qualquer reação, sem sequer saber o que acontecia, assustou demais o Estado, como, antes, outros homicídios também o fizeram. Parece que somente assim, com os assassinatos diários, tomamos consciência de que estamos sujeitos à perda da vida, a qualquer momento, longe, ou, mais ainda, na cidade em que vivemos.
Então, se todos se sentem frágeis é porque o Estado não oferece segurança e há algo profundamente doentio na vida nacional. Mais educação, moradia, emprego e estrutura familiar é o que fará cair os números da criminalidade. A vida sempre é cantada em prosa e verso, mas vale muito pouco. Apesar da ausência do culto à morte, esta venceu. Tornou-se companheira inseparável da mais singela ação em nossas ruas. Já não se pode andar a pé, andar em veículo particular ou usar transporte coletivo sem medo da morte.
Além disso, somos mortais. Ninguém escapará deste destino biológico, mesmo que muitos idosos insistam em continuar jovens fisicamente, através de muitos artifícios com o apoio da medicina. Simultaneamente, existem moços que querem permanecer com a eterna juventude. Idosos e jovens estão errados. A vida só anda para a frente, e o destino de todos nós é a morte inexorável. Nos últimos tempos, graças a uma divulgação maciça da imprensa, principalmente das televisões, o noticiário policial, com a sucessão de crimes cruéis - se é que nem todo crime não é cruel -, a população está com medo. Mata-se primeiro para depois o marginal pedir o carro, o celular, o dinheiro ou qualquer outro bem, geralmente para trocá-lo por drogas. Este medo vai crescendo por todo o Brasil. A morte ronda a cada cidadão, como se todos fossem objeto de uma roleta russa. Uma gaúcha, morta ao atravessar, acompanhada, a Ponte da Amizade - quanta ironia! – sem qualquer reação, sem sequer saber o que acontecia, assustou demais o Estado, como, antes, outros homicídios também o fizeram. Parece que somente assim, com os assassinatos diários, tomamos consciência de que estamos sujeitos à perda da vida, a qualquer momento, longe, ou, mais ainda, na cidade em que vivemos.
Então, se todos se sentem frágeis é porque o Estado não oferece segurança e há algo profundamente doentio na vida nacional. Mais educação, moradia, emprego e estrutura familiar é o que fará cair os números da criminalidade. A vida sempre é cantada em prosa e verso, mas vale muito pouco. Apesar da ausência do culto à morte, esta venceu. Tornou-se companheira inseparável da mais singela ação em nossas ruas. Já não se pode andar a pé, andar em veículo particular ou usar transporte coletivo sem medo da morte.
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