16 de janeiro de 2013 | 22h 00
Governador de SE disse que contribuiu com 'vaquinha' promovida pelo PT para pagar multas impostas pelo STF
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda, "se solidarizou" com os companheiros de partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Déda avisou que não comparecerá ao jantar de adesão que o PT está organizando, em Brasília, nesta quinta-feira, 17, para arrecadar recursos para o pagamento das multas estabelecidas pelos ministros do Supremo, porque está indo para São Paulo dar prosseguimento a um tratamento de saúde. O governador, no entanto, disse que contribuirá com a "vaquinha" que está sendo feita pelos petistas, sem querer revelar com quanto.
"Eu, se procurado, contribuirei nos limites da minha solidariedade, com aqueles que são meus amigos. Foram meus companheiros de 20, 30 anos e que eventualmente estão condenados pelo STF", afirmou Déda. Os mensaleiros José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, juntos, foram condenados pelo STF a pagar multas de mais de R$ 1,5 milhão.
"Eu sou de uma geração que aprendeu a valorizar a solidariedade. Solidarizar-se com um companheiro, com um amigo, que eventualmente sofreu uma condenação criminal, não significa nenhum tipo de adesão a um possível erro que foi cometido. É um dos aspectos mais belos da vida humana: ser capaz de solidarizar-se a um companheiro que não deixou de ser amigo, porque eventualmente foi condenado. Acho que a tradição brasileira é eminentemente cristã", declarou Déda, em entrevista, no Palácio do Planalto, após audiência com a presidente Dilma Rousseff. Ele negou que o assunto tenha sido tratado com a presidente.
Para justificar sua solidariedade, o governador citou um trecho da Bíblia: "Há um trecho em Mateus que precisa ser lido com mais frequência. É aquele em que o evangelista diz que Jesus relatara que no final dos tempos ele agradeceria às pessoas que o visitaram quando estavam doente, que foram a prisão quando ele estava preso. Eles dirão: 'Mas eu nunca te vi na prisão, nunca te vi doente'. Ele disse: 'aquele preso a quem foste visitar, aquele doente a quem visitaste era eu'. Isso não precisa ser religioso para entender".
Lembrado que Matheus falava dos injustiçados e não de condenados, como foram os mensaleiros, o governador desconversou: "Não vou abrir um debate teológico. Eu não estou abusando de generosidade".
Déda afirmou que esteve no Planalto para levar o prefeito do DEM, João Alves, para discutir assuntos de interesse de Aracaju, apesar de Alves pertencer a um partido de oposição. Ele informou ainda que a presidente Dilma prometeu visitar a cidade, se possível antes do Carnaval, para inaugurar uma ponte ligando Sergipe à Bahia e para participar da assinatura de contratos com empresas que vão se instalar em Sergipe e farão investimentos no estado da ordem de R$ 700 milhões.
Governador de SE disse que contribuiu com 'vaquinha' promovida pelo PT para pagar multas impostas pelo STF
Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda, "se solidarizou" com os companheiros de partido que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Déda avisou que não comparecerá ao jantar de adesão que o PT está organizando, em Brasília, nesta quinta-feira, 17, para arrecadar recursos para o pagamento das multas estabelecidas pelos ministros do Supremo, porque está indo para São Paulo dar prosseguimento a um tratamento de saúde. O governador, no entanto, disse que contribuirá com a "vaquinha" que está sendo feita pelos petistas, sem querer revelar com quanto.
"Eu, se procurado, contribuirei nos limites da minha solidariedade, com aqueles que são meus amigos. Foram meus companheiros de 20, 30 anos e que eventualmente estão condenados pelo STF", afirmou Déda. Os mensaleiros José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha, juntos, foram condenados pelo STF a pagar multas de mais de R$ 1,5 milhão.
"Eu sou de uma geração que aprendeu a valorizar a solidariedade. Solidarizar-se com um companheiro, com um amigo, que eventualmente sofreu uma condenação criminal, não significa nenhum tipo de adesão a um possível erro que foi cometido. É um dos aspectos mais belos da vida humana: ser capaz de solidarizar-se a um companheiro que não deixou de ser amigo, porque eventualmente foi condenado. Acho que a tradição brasileira é eminentemente cristã", declarou Déda, em entrevista, no Palácio do Planalto, após audiência com a presidente Dilma Rousseff. Ele negou que o assunto tenha sido tratado com a presidente.
Para justificar sua solidariedade, o governador citou um trecho da Bíblia: "Há um trecho em Mateus que precisa ser lido com mais frequência. É aquele em que o evangelista diz que Jesus relatara que no final dos tempos ele agradeceria às pessoas que o visitaram quando estavam doente, que foram a prisão quando ele estava preso. Eles dirão: 'Mas eu nunca te vi na prisão, nunca te vi doente'. Ele disse: 'aquele preso a quem foste visitar, aquele doente a quem visitaste era eu'. Isso não precisa ser religioso para entender".
Lembrado que Matheus falava dos injustiçados e não de condenados, como foram os mensaleiros, o governador desconversou: "Não vou abrir um debate teológico. Eu não estou abusando de generosidade".
Déda afirmou que esteve no Planalto para levar o prefeito do DEM, João Alves, para discutir assuntos de interesse de Aracaju, apesar de Alves pertencer a um partido de oposição. Ele informou ainda que a presidente Dilma prometeu visitar a cidade, se possível antes do Carnaval, para inaugurar uma ponte ligando Sergipe à Bahia e para participar da assinatura de contratos com empresas que vão se instalar em Sergipe e farão investimentos no estado da ordem de R$ 700 milhões.
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