A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
DEMAGOGIA: SENADORES EMBOLSAM SALÁRIOS EXTRA QUE CRITICARAM
FOLHA.COM, 10/01/2013
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Sete meses após votar por unanimidade pelo fim dos dois salários extras pagos ao ano pelo Congresso e criticar em discursos inflamados o benefício, a maior parte dos senadores aceitou embolsar o dinheiro.
O benefício, que soma R$ 53,4 mil ao ano, ainda é pago porque a Câmara até hoje não votou sua extinção.
Durante a votação no Senado em maio, 15 senadores se manifestaram contra os extras, mas em dezembro só três desses tomaram a iniciativa de não ficar com o dinheiro: Pedro Taques (PDT-MT), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
Os demais ficaram com o 15º salário de R$ 26,7 mil --que, junto do 13º e com o subsídio normal de dezembro, elevou os contracheques do último mês do ano a R$ 80 mil brutos.
A primeira parte é paga em fevereiro de cada ano.
DISCURSO
Em maio, Ivo Cassol (PP-RO), por exemplo, discursou: "Os parlamentares não necessitam mais desse subsídio, uma vez que a Casa custeia as despesas, tanto de transporte aéreo como a movimentação".
Ontem, disse: "Sou a favor do fim do benefício, mas não apenas para mim".
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que não devolveu o dinheiro, afirmou em maio que "em nome do PT, recomendo o voto 'sim', uma vez que, para o conjunto dos trabalhadores, não há algo dessa natureza". Agora, afirma que vai doar o dinheiro para um projeto social.
Também no mês de maio, Ricardo Ferraço (PSB-ES) afirmou que "não faz nenhum sentido nós, senadores, termos aquilo que popularmente se consagrou como 14º e 15º, distanciando""nos efetivamente da realidade da grande maioria dos trabalhadores brasileiros".
Passados sete meses e com o dinheiro a mais já na conta, o senador disse, por meio da assessoria, que a Câmara ainda não aprovou o fim do pagamento; então vai avaliar o que fazer.
Suplente da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), autora do projeto que extingue os salários a mais, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) também discursou contra os pagamentos em maio, mas terminou por receber o valor. A Folha não o localizou ontem.
A assessoria do Senado informou que ainda é possível devolver o pagamento.
Dos 81 senadores, só 13 devolveram ao Senado o 15º salário. A aprovação da extinção do benefício, em maio, ocorreu em votação simbólica (quando não há contagem de votos).
Na Câmara, o projeto que acaba com o 14º e o 15º salários ainda está em discussão.
O relator, deputado Afonso Florence (PT-BA), concedeu parecer favorável, mas o texto ainda não foi votado.
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