ZERO HORA 26 de junho de 2013 | N° 17473
SOB PRESSÃO
Os protestos em pelo menos seis municípios no Rio Grande do Sul ontem tiveram como foco o poder legislativo local. As reivindicações variam desde fortes críticas à CPI da Kiss à redução de tarifas de ônibus e até a diminuição do número de assessores de parlamentares.
Manifestantes em diversos municípios do Rio Grande do Sul realizaram protestos ontem em câmaras de vereadores. Foi o caso de Santa Maria, Cachoeirinha, Gravataí, São Borja, Lajeado e Santa Rosa.
Em torno de 1 mil pessoas ocuparam de surpresa o legislativo em Santa Maria e entoaram cânticos de ironia à CPI da Kiss e à administração do prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, Marcelo Bisogno, afirmou que o “movimento é legítimo” e que a Casa o respeitava. Sob fortes vaias, Bisogno deu por interrompida a sessão. O líder da oposição, Werner Rempel (PPL), também tentou intervir junto a alguns manifestantes pedindo que não houvesse nenhum excesso.
Foi pedida a abertura de uma comissão de ética e decoro parlamentar tendo como objetivo a cassação dos vereadores Maria de Lourdes Castro (PMDB), presidente, e Sandra Rebelato (PP), relatora da CPI. A Polícia Civil entregou a cópia de uma gravação feita em abril de um diálogo entre Maria de Lourdes, seu colega Tavores Fernandes (DEM) e dois assessores, que colocaria em xeque a lisura da comissão.
Os ativistas também cobraram a cassação de Schirmer. Cerca de 250 manifestantes pretendiam passar a noite na Câmara de Vereadores. Para 1º de julho, ficou acertado que haverá audiência pública para discutir a redução da tarifa de ônibus.
Em Cachoeirinha, cerca de 2 mil pessoas saíram pelas ruas cobrando a diminuição do preço da passagem (que subiu de R$ 2,45 para R$ 2,80), além de melhorias na educação e na saúde. O protesto chegou a bloquear a ponte de entrada do município na freeway e a alça de acesso à Avenida Assis Brasil, na zona norte de Porto Alegre, afetando o trânsito na região. Em seguida, os manifestantes caminharam pela Avenida General Flores da Cunha, uma das principais da cidade, e se dirigiram para a Câmara de Vereadores. Por meio de um carro de som, sobraram críticas aos salários do prefeito Vicente Pires (PSB) e dos parlamentares. Também protestaram contra projeto que prevê a criação de mais cargos em comissão. Apesar das críticas, a manifestação foi pacífica.
Ganho de legislador igual ao de professor
Em Gravataí, o protesto reuniu cerca de 150 a 200 manifestantes em frente da Câmara de Vereadores. Em Santa Rosa, no Noroeste, no final da sessão, os manifestantes entraram no plenário e entregaram carta ao presidente da Câmara, Paulo Roberto dos Santos (PPS), reivindicando a construção de um canil municipal, a melhoria do transporte público local, entre outros itens.
Em Lajeado, no Vale do Taquari, a quantidade de pessoas levou a sessão a ser realizada em um ginásio de esportes. Os ativistas puderam se pronunciar e reivindicaram a redução do número de assessores de vereadores de dois para um a cada parlamentar, igualdade nos salários dos legisladores e dos professores e exoneração dos cargos em comissão da folha salarial do município. Em São Borja, dezenas de manifestantes acompanharam a sessão da Câmara de Vereadores, na qual cobraram redução de preço no transporte público.
SOB PRESSÃO
Os protestos em pelo menos seis municípios no Rio Grande do Sul ontem tiveram como foco o poder legislativo local. As reivindicações variam desde fortes críticas à CPI da Kiss à redução de tarifas de ônibus e até a diminuição do número de assessores de parlamentares.
Manifestantes em diversos municípios do Rio Grande do Sul realizaram protestos ontem em câmaras de vereadores. Foi o caso de Santa Maria, Cachoeirinha, Gravataí, São Borja, Lajeado e Santa Rosa.
Em torno de 1 mil pessoas ocuparam de surpresa o legislativo em Santa Maria e entoaram cânticos de ironia à CPI da Kiss e à administração do prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente da Câmara, Marcelo Bisogno, afirmou que o “movimento é legítimo” e que a Casa o respeitava. Sob fortes vaias, Bisogno deu por interrompida a sessão. O líder da oposição, Werner Rempel (PPL), também tentou intervir junto a alguns manifestantes pedindo que não houvesse nenhum excesso.
Foi pedida a abertura de uma comissão de ética e decoro parlamentar tendo como objetivo a cassação dos vereadores Maria de Lourdes Castro (PMDB), presidente, e Sandra Rebelato (PP), relatora da CPI. A Polícia Civil entregou a cópia de uma gravação feita em abril de um diálogo entre Maria de Lourdes, seu colega Tavores Fernandes (DEM) e dois assessores, que colocaria em xeque a lisura da comissão.
Os ativistas também cobraram a cassação de Schirmer. Cerca de 250 manifestantes pretendiam passar a noite na Câmara de Vereadores. Para 1º de julho, ficou acertado que haverá audiência pública para discutir a redução da tarifa de ônibus.
Em Cachoeirinha, cerca de 2 mil pessoas saíram pelas ruas cobrando a diminuição do preço da passagem (que subiu de R$ 2,45 para R$ 2,80), além de melhorias na educação e na saúde. O protesto chegou a bloquear a ponte de entrada do município na freeway e a alça de acesso à Avenida Assis Brasil, na zona norte de Porto Alegre, afetando o trânsito na região. Em seguida, os manifestantes caminharam pela Avenida General Flores da Cunha, uma das principais da cidade, e se dirigiram para a Câmara de Vereadores. Por meio de um carro de som, sobraram críticas aos salários do prefeito Vicente Pires (PSB) e dos parlamentares. Também protestaram contra projeto que prevê a criação de mais cargos em comissão. Apesar das críticas, a manifestação foi pacífica.
Ganho de legislador igual ao de professor
Em Gravataí, o protesto reuniu cerca de 150 a 200 manifestantes em frente da Câmara de Vereadores. Em Santa Rosa, no Noroeste, no final da sessão, os manifestantes entraram no plenário e entregaram carta ao presidente da Câmara, Paulo Roberto dos Santos (PPS), reivindicando a construção de um canil municipal, a melhoria do transporte público local, entre outros itens.
Em Lajeado, no Vale do Taquari, a quantidade de pessoas levou a sessão a ser realizada em um ginásio de esportes. Os ativistas puderam se pronunciar e reivindicaram a redução do número de assessores de vereadores de dois para um a cada parlamentar, igualdade nos salários dos legisladores e dos professores e exoneração dos cargos em comissão da folha salarial do município. Em São Borja, dezenas de manifestantes acompanharam a sessão da Câmara de Vereadores, na qual cobraram redução de preço no transporte público.
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