Queda de popularidade de Dilma é insatisfação com a classe política, diz Aécio
Pesquisa Datafolha mostrou queda de 27 pontos percentuais na aprovação do governo da petista
O Estado de S. Paulo 29 de junho de 2013 | 16h 27
SÃO PAULO - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, provável presidenciável tucano em 2014 disse, em nota divulgada neste sábado, 29, que a queda de 27 pontos porcentuais da popularidade de Dilma Rousseff revela não apenas uma insatisfação da população com relação à presidente, mas com a classe política como um todo".
A pesquisa Datafolha registrou que avaliação positiva do governo Dilma caiu de 57% para 30% em três semanas, depois da onda de protestos que tomou conta do País.
"As pesquisas indicam o que os protestos que mobilizam o País já mostravam: uma insatisfação dos brasileiros que, acredito, não seja apenas com relação à presidente Dilma, mas com a classe política como um todo, em razão da ausência de respostas efetivas aos problemas enfrentados pelas pessoas", afirmou o tucano por meio de nota.
A pesquisa revelou também que o porcentual de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 9% para 25%.
"São déficits acumulados ao longo de anos. Cabe a todos nós analisarmos com humildade e responsabilidade esse importante recado", disse.
O Datafolha que ouviu 4.717 pessoas em 196 cidades entre a quinta-feira, 27. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Pesquisa mostra que há descontentamento, diz tucano
RICARDO DELLA COLETTA - Agência Estado
Existe um "descontentamento generalizado" dos brasileiros com os serviços públicos que foi refletido pela pesquisa Datafolha divulgada hoje, avalia o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP). Além do mais, continua o deputado em nota enviada pela liderança do partido na Câmara, o levantamento indica que população reconhece que essa carência depende do governo federal. No Datafolha, a avaliação positiva da presidente caiu 27 pontos percentuais - 30% consideram sua gestão boa ou ótima, frente a 57% na primeira semana de junho.
"Os brasileiros vinculam imediatamente a insatisfação com os serviços públicos e com os rumos da economia à falta de ação por parte da presidente Dilma", critica o deputado. O tucano afirma que o governo não deu respostas efetivas aos protestos que tomaram as ruas do País nas últimas semanas. Dilma tem tentado, segundo Sampaio, "tirar o foco da discussão" ao dedicar sua agenda à reforma política. Na nota do partido, Sampaio diz que a reforma política é "desejável", mas critica a falta de medidas por parte da presidente em outros temas.
"As manifestações que ocorrem em todo País correspondem ao verdadeiro plebiscito sobre o que é prioridade para a população", disse o tucano. "Há um sério problema de foco: enquanto a população quer ações imediatas nas áreas da saúde, educação, transporte, capazes de melhorar as condições de vida das pessoas, a presidente passou a semana se dedicando à reforma política, tentando tirar o foco da discussão." Ele argumentou que não houve ações, por parte do governo, para melhorar as áreas de saúde, educação, segurança pública, para a redução da inflação e dos gastos públicos.
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