VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

FÉ NO INDIVÍDUO, FALTA DE CONFIANÇA EM LEGENDAS



Pesquisas mostram desejo de independência no campo político

LEONARDO LICHOTE 
O GLOBO
Atualizado:22/06/13 - 8h00


RIO — Duas pesquisas — uma realizada pelo Instituto Data Popular, outra pela comunidade Avaaz — apontam a falta de confiança dos brasileiros nas instituições e a valorização da iniciativa individual em detrimento da ação do Estado, além do apoio às manifestações das últimas duas semanas.

Uma das conclusões centrais da pesquisa “O novo poder jovem”, do Data Popular, é que os jovens brasileiros entre 18 e 30 anos (33% do total de eleitores do país) acreditam mais neles mesmos que no Estado para garantir um futuro melhor. Foram ouvidas 1.502 pessoas de cem cidades em maio.

O repúdio à participação de partidos políticos nas recentes manifestações ecoa na pesquisa, sobretudo na pergunta “Qual o principal fator que contribui para a sua vida melhorar?”. Para 53%, a resposta foi “meu próprio esforço”. O governo aparece com 2%.

— Esses jovens não terceirizam seu futuro — diz Renato Meirelles, presidente do instituto. — Mas 65% deles acreditam que o voto pode melhorar a política brasileira (21% discordam disso). Ou seja, sentem que o futuro depende deles, inclusive de seus votos.

A pesquisa indica uma grande desconfiança nas instituições: 75% não confiam nos parlamentares, 59% na Justiça e 35% na Presidência.

A pesquisa realizada pela Avaaz — a maior comunidade de campanhas do Brasil, com mais de 4 milhões de membros — aponta um apoio massivo às manifestações. Segundo o levantamento, feito com 10 mil pessoas que participaram de ações on-line da entidade nas últimas semanas, 88% apoiam completamente os protestos (0,2% se dizem contrários).

A falta de credibilidade dos partidos também aparece: 45,7% se dizem “independentes” (15,9% são de esquerda e centro-esquerda, enquanto 8,7% de direita e centro-direita). E 69,6% não simpatizam com nenhum partido, além de 74,1% que declaram que perderam a fé neles.

As principais razões para que as multidões fossem às ruas, para os entrevistados, foram o mal uso do dinheiro público (69,1%), a corrupção dos eleitos (64,6%) e a PEC 37 (58,1%). Das ideias de mudanças políticas, a que teve melhor aceitação foi “remover um político de seu cargo por voto popular” (76,3%).

Nenhum comentário: