ZERO HORA 04 de outubro de 2013 | N° 17573
LUPA NA PROCEMPA. MP vai investigar uso de celulares
Reportagem de ZH mostrou indícios de descontrole na concessão de linhas
O Ministério Público vai apurar eventuais atos de improbidade relacionados ao uso de celulares e planos de internet pagos pela Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa). Uma investigação cível foi instaurada ontem, depois de Zero Hora publicar reportagem mostrando indícios de descontrole na concessão dos benefícios, estendidos também a pessoas de fora da companhia.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público quer verificar se houve atos de improbidade por parte das pessoas que autorizavam o serviço. Será verificado ainda, segundo a promotora Martha Weiss Jung, se houve abusos e se há valores a serem ressarcidos. O assunto deve também passar por análise do Ministério Público de Contas dentro da inspeção especial que o Tribunal de Contas do Estado está realizando na companhia.
– O exame de despesas desse tipo se faz sempre sob a ótica da finalidade pública – ou não – das mesmas – disse Geraldo da Camino, procurador-geral do MP de Contas.
Depois de sindicância, três funcionários são demitidos
ZH obteve os dados sobre telefonia e planos de internet na Procempa a partir de pedido pela Lei de Acesso à Informação. Desde 2006, usaram o benefício servidores terceirizados e estagiários, além funcionários de secretarias municipais e de titulares de pastas. O prefeito José Fortunati, o vice-prefeito Sebastião Melo e a primeira-dama Regina Becker são usuários de serviços custeados pela Procempa.
O gerente de Logística da companhia, Omar Ferri Junior, afirmou que havia descontrole e que, em alguns casos, não foi possível identificar quem utilizava linhas, que acabaram sendo bloqueadas. Em oito anos, a quantidade de linhas usadas saltou de 60 para 161. Nos últimos meses, cerca de 80 linhas foram desligadas.
Ontem, o presidente da companhia, Maurício Gomes da Cunha, determinou o bloqueio dos serviços usados no gabinete da Secretaria da Saúde e por outras seis pessoas, entre elas, servidores da própria empresa e José Mauro dos Santos Peixoto, chefe do gabinete executivo de Fortunati.
Também ontem, dois servidores do quadro e uma funcionária com cargo em comissão foram demitidos da Procempa por mau uso de dinheiro público. As demissões ocorreram após sindicância apontar que eles cometeram faltas graves. A companhia tem sido alvo de uma série de investigações em razão das suspeitas de irregularidades.
adriana.irion@zerohora.com.brADRIANA IRION
LUPA NA PROCEMPA. MP vai investigar uso de celulares
Reportagem de ZH mostrou indícios de descontrole na concessão de linhas
O Ministério Público vai apurar eventuais atos de improbidade relacionados ao uso de celulares e planos de internet pagos pela Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa). Uma investigação cível foi instaurada ontem, depois de Zero Hora publicar reportagem mostrando indícios de descontrole na concessão dos benefícios, estendidos também a pessoas de fora da companhia.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público quer verificar se houve atos de improbidade por parte das pessoas que autorizavam o serviço. Será verificado ainda, segundo a promotora Martha Weiss Jung, se houve abusos e se há valores a serem ressarcidos. O assunto deve também passar por análise do Ministério Público de Contas dentro da inspeção especial que o Tribunal de Contas do Estado está realizando na companhia.
– O exame de despesas desse tipo se faz sempre sob a ótica da finalidade pública – ou não – das mesmas – disse Geraldo da Camino, procurador-geral do MP de Contas.
Depois de sindicância, três funcionários são demitidos
ZH obteve os dados sobre telefonia e planos de internet na Procempa a partir de pedido pela Lei de Acesso à Informação. Desde 2006, usaram o benefício servidores terceirizados e estagiários, além funcionários de secretarias municipais e de titulares de pastas. O prefeito José Fortunati, o vice-prefeito Sebastião Melo e a primeira-dama Regina Becker são usuários de serviços custeados pela Procempa.
O gerente de Logística da companhia, Omar Ferri Junior, afirmou que havia descontrole e que, em alguns casos, não foi possível identificar quem utilizava linhas, que acabaram sendo bloqueadas. Em oito anos, a quantidade de linhas usadas saltou de 60 para 161. Nos últimos meses, cerca de 80 linhas foram desligadas.
Ontem, o presidente da companhia, Maurício Gomes da Cunha, determinou o bloqueio dos serviços usados no gabinete da Secretaria da Saúde e por outras seis pessoas, entre elas, servidores da própria empresa e José Mauro dos Santos Peixoto, chefe do gabinete executivo de Fortunati.
Também ontem, dois servidores do quadro e uma funcionária com cargo em comissão foram demitidos da Procempa por mau uso de dinheiro público. As demissões ocorreram após sindicância apontar que eles cometeram faltas graves. A companhia tem sido alvo de uma série de investigações em razão das suspeitas de irregularidades.
adriana.irion@zerohora.com.brADRIANA IRION
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