VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 27 de outubro de 2013

MESADA DE EMPRESAS SUSTENTA PARTIDOS



ZERO HORA 27 de outubro de 2013 | N° 17596


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA


Nas discussões da reforma política, muito se fala do financiamento das campanhas em ano eleitoral e pouco ou nada das contribuições que as empresas, especialmente as empreiteiras e as prestadoras de serviços de consultoria, fazem regularmente para os partidos.

O nome dos doadores e as quantias depositadas nas contas das siglas estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral, mas na prestação de contas dos candidatos a origem acaba camuflada. Em 2012, os partidos receberam doações no valor de R$ 751,8 milhões, fora as contribuições feitas diretamente nas contas dos candidatos a prefeito e vereador. Em 2011, ano em que não houve eleição, as doações para os partidos chegaram a R$ 53 milhões.

Os números mostram que estar no poder é meio caminho andado para receber doações dentro e fora do período eleitoral. Dos R$ 751,8 milhões doados aos partidos em 2012, o PT levou um terço (R$ 255 milhões). Foram R$ 219,8 milhões para financiar campanhas e R$ 35,2 milhões para o caixa do partido. O PMDB ganhou R$ 115,1 milhões e o PSDB, R$ 84,6 milhões.

Sem eleição, em 2011 as empresas doaram R$ 53 milhões (foram R$ 50,7 milhões para o PT e R$ 2,3 milhões para o PSDB), dinheiro que ajudou a pagar as contas da campanha do ano anterior. Só da Andrade Gutierrez, o PT recebeu R$ 4,6 milhões em 2011 em cinco parcelas pagas ao longo do ano.

Os partidos não vivem apenas das doações de empresas e das contribuições dos filiados. Parte significativa da receita vem do fundo partidário. Em 2011, o fundo distribuiu R$ 308 milhões. Em 2012, o valor pulou para R$ 350 milhões.

Autor do relatório que eliminava o financiamento privado nas campanhas, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) defendia a redução dos custos como forma de inibir o abuso do poder econômico. Fontana foi derrotado e nem seu próprio partido deu aval à ideia de proibir as doações fora do período eleitoral.

– A esperança é definir o teto de gastos, que vai acabar com o atrativo de arrecadação infinita dos partidos – sonha Fontana.

Confira os valores doados a cada partido em www.zerohora.com/blogdarosane.


ALIÁS - O dinheiro que uma empresa doa para partidos e candidatos acaba sendo pago pelo contribuinte na forma de aumento nos preços de produtos e serviços ou na elevação do custo das obras públicas.


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