VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

CADA VEZ MAIS, DILMA ESTÁ NAS MÃOS DO PMDB



ZERO HORA 02 de fevereiro de 2015 | N° 18061


POLÍTICA + | Rosane de Oliveira




Deu a lógica na eleição para a presidência das duas casas do Congresso: no Senado, o PMDB oficial ganhou do PMDB dissidente, com um voto a menos do que os 50 esperados pelo vencedor, Renan Calheiros. Na Câmara, ganhou Eduardo Cunha, o candidato que melhor domina a arte de lidar com o fisiologismo. No fim das contas, o comando do Congresso ficou com a cara do próprio Congresso.

Nem Renan nem Cunha foram eleitos por ETs. Quem os elegeu foram seus colegas, convencidos por argumentos pragmáticos. Eduardo Cunha tem o baixo clero nas mãos, financia campanhas e não inspira confiança nem nos próprios companheiros que votaram nele. É o tipo de político de quem a maioria dos colegas de Congresso não compraria sequer um automóvel usado.

O PT elegeu Renan Calheiros porque o considera mais confiável do que o catarinense Luiz Henrique da Silveira (PMDB), preferido da oposição. Por confiável, entenda-se disposto a frear as iniciativas da oposição neste momento delicado em que o governo é uma ilha cercada de denúncias por todos os lados com os desdobramentos da Operação Lava-Jato. No governo passado, Renan conquistou a confiança da presidente Dilma Rousseff por sucessivas demonstrações de fidelidade.

Se resolveu o problema no Senado, na Câmara o governo vai penar nas mãos de Cunha. Foi por saber do que Cunha é capaz que o governo jogou pesado para tentar eleger Arlindo Chinaglia, mas perdeu ainda no primeiro turno. Ex-presidente da Câmara entre os anos de 2007 e 2009, Chinaglia padece do desgaste que contaminou todo o PT.


ALIÁS

Na volta do recesso, o maior problema do governo é lidar com os pedidos de CPI para investigar os desvios na Petrobras. Com a base aliada dividida e as denúncias se avolumando, será difícil o governo repetir as manobras que esfriaram a investigação anterior.



DISCURSO IGNORADO




Ao se despedir da presidência da Assembleia, Gilmar Sossella (PDT) fez questão de agradecer aos colegas em seu último discurso. Só que, em um gesto de descortesia, quase ninguém prestou atenção. Enquanto ele falava, deputados recebiam cumprimentos de convidados, posavam e tiravam fotos e conversavam, alguns de costas para Sossella.

O pedetista deixou o cargo com uma administração marcada por uma sequência de bondades, entre elas o reajuste de mais de 60% no salário básico dos funcionários, a criação de aposentadoria especial, o aumento do subsídio dos deputados e a autorização para a reforma do parlamento, orçada em R$ 70 milhões.



OPOSIÇÃO REFORÇADA

Cada um dos deputados foi chamado ao microfone para jurar cumprir a Constituição e, com isso, oficializar a posse. Dois dos mais aplaudidos são novatos na Casa, mas experientes na função legislativa: Manuela d’Ávila (PC do B), ex-deputada federal, e Pedro Ruas (PSOL), ex-vereador da Capital. Ambos sentarão juntos no plenário e, no sábado, foram cumprimentados pessoalmente pelo deputado Lucas Redecker (PSDB), secretário de Minas e Energia, em um gesto de aproximação. Eles farão parte da oposição a José Ivo Sartori.



TUDO IGUAL COM O PONTO


A ampliação do sistema de ponto eletrônico da Assembleia não está nos planos de Edson Brum. Depois de intermináveis debates, o controle foi implementado, mas vale apenas para concursados – não para aqueles que detêm cargos de confiança (CCs). Questionado sobre o assunto em entrevista coletiva, Brum descartou completamente a hipótese.



PARABÉNS A SIMON


 

Na mesa de autoridades, em posição de destaque, o ex-senador Pedro Simon (PMDB) foi alvo de homenagens na solenidade de posse dos deputados gaúchos, no plenário 20 de Setembro.

Além de estar deixando definitivamente o Senado, o ex-governador estava completando 85 anos de vida. A data não passou despercebida. Ao final de seu discurso, o novo presidente, Edson Brum (PMDB), pediu licença para “quebrar o protocolo”. Disse que sempre teve Simon como modelo e pediu para que os colegas e os convidados presentes cantassem parabéns ao prócer político. Simon sorriu e abanou.

Colaborou Juliana Bublitz



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