ZERO HORA 13 de fevereiro de 2015 | N° 18072
MIRIAM MARRONI*
O ano era 2001, não faz tanto tempo. O Brasil herdeiro do colonialismo português e das oligarquias, subordinado ao sistema financeiro internacional, matava 280 crianças, vítimas diárias da fome. Eram parte dos 36 milhões de brasileiros condenados à miséria e que não tinham direito a alimentar- se dignamente. A fome, essa chaga brutal em uma sociedade, ceifava vidas que recém se iniciavam.
Voltemos a 1980. No seio de uma sociedade desigual, sob ditadura, milhares de sindicalistas, estudantes, católicos das Comunidades Eclesiais de Base, ex-guerrilheiros, donas de casa, feministas, pobres, fundam um partido pouco provável. Inviável, profano, destinado a representar uma vanguarda até então em segundo plano.
Contra todas as previsões de “analistas”, esse partido chega em 2015 a 35 anos de fundação mais vivo do que nunca. E por conta desse idealismo que uniu milhões, o Brasil celebra sua maior conquista: a saída do mapa da fome. A partir da eleição do PT ao governo federal, mães não enterram mais seus filhos vítimas de desnutrição.
Em 35 anos de construção política, levamos um metalúrgico à Presidência da República. Um legítimo representante dos trabalhadores. Mesmo contra as apostas promovidas pelas elites, Lula foi eleito e, em todas as pesquisas realizadas desde então, o legado do PT é reconhecido, tendo o melhor presidente da história do Brasil.
Fomos além: elegemos a primeira presidenta. Os brasileiros escolheram livremente por quatro vezes ter um governo que extirpasse a fome, levasse milhões às universidades e fizesse da Petrobras a maior produtora de petróleo do mundo.
A direita neoliberal – que não pode revelar seu projeto ao país – busca através de seus porta- vozes na mídia encobrir a revolução social brasileira. Transformam casos de corrupção, nunca antes tão combatidos, no centro das preocupações nacionais.
Capaz de construir o mais importante partido de esquerda democrático do mundo e de superar em apenas 12 anos o maior crime de nossa história – a fome –, o povo não cairá em armadilhas. O Partido dos Trabalhadores está vivo.
*DEPUTADA ESTADUAL, LÍDER DO PT NA ASSEMBLEIA
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