PARA LEMBRAR...
REVISTA ÉPOCA 01/01/2003 - 14:18 | Edição nº 241
Presidente Lula assume o país diante de 200 mil pessoas. Posse foi marcada por festa popular
Eleito com mais de 52 milhões de votos, o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva subiu esta quarta-feira a rampa do Palácio do Planalto concluindo a transição mais democrática e civilizada da história brasileira. Fernando Henrique Cardoso, que encerrou um ciclo de oito anos no Poder, entregou a faixa a Lula no Planalto, depois de o presidente eleito tomar posse no Congresso Nacional. Diversos artistas prestigiaram a transmissão do cargo. Entre eles, o cantor Djavan, os atores Osmar Prado, Zezé Mota, Lucélia Santos, Antonio Graci, Cristina Pereira, Marcos Winter e Paloma Duarte, a cantora Beth Carvalho, o teólogo Leonardo Boff, os cantores Zezé di Camargo e Luciano.
Do Palácio do Planalto, FHC se dirige à Base Aérea de Brasília, onde embarca em um avião da presidência rumo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Em seguida, viaja para Paris, onde deve passar os próximos três meses, na casa de amigos. FHC recebeu diversos convites para dar aulas em universidades estrangeiras após deixar o governo. Além de criar um instituto que leva seu nome, Fernando Henrique deve atuar como conselheiro especial da Organização das Nações Unidas.
Em discurso para a multidão após a entrega da faixa presidencial, Lula disse ter a convicção de que 'nenhum momento difícil' que venha a surgir em seu mandato poderá impedi-lo de fazer 'as reformas que o povo precisa'. Lula disse que não vacilará em cumprir os compromissos de campanha. 'O que dissemos é que iremos recuperar a dignidade do povo brasileiro, recuperar a auto-estima e gastar cada centavo que tivermos na perspectiva de melhorar as condições de vida de mulheres, homens e crianças'.
Um dos destaques da festa de posse de Lula foi a presença do presidente de Cuba, Fidel Castro. Ao participar da cerimônia, Fidel afirmou que os grandes líderes sempre surgem em momentos de crise. 'Os líderes não vêm de cima, vêm de baixo', acrescentou. No palanque exclusivo montado ao lado do Parlatório, onde Lula discursou para o povo, o líder cubano acenou para os populares, distribuiu autógrafos e jogou bonés para os presentes.
Posse
Cerca de 200 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, compareceram à festa da posse, iniciada ao meio-dia na Esplanada dos Ministérios. A comemoração já havia começado no dia 31 de dezembro com a chegada de caravanas de todo o país para a maior festa já realizada até hoje para a posse de um presidente da República.
Num dia histórico para o país, Lula assumiu a Presidência da República do Brasil pregando a conciliação e reafirmando o discurso de mudança sem sobressaltos durante a solenidade de posse no Congresso. O presidente eleito chegou ao Congresso Nacional às 14h50m, depois de desfilar no Rolls Royce presidencial ao lado do vice-presidente eleito José de Alencar. De pé no carro, Lula acenava para a multidão que assistiu ao percurso.
No plenário do Congresso, Lula e seu vice fizeram o juramento oficial sob aplausos e palavras de ordem do público de convidados e parlamentares presentes. A seguir, o texto lido pelos dois empossados: 'Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil'.
Mudança
Ao iniciar o seu discurso de posse no Congresso Nacional, Lula declarou que 'a mudança é a palavra-chave' da sua gestão. 'A esperança finalmente venceu o medo e a sociedade decidiu que estava na hora de trilhar novos caminhos', disse.
E aproveitou para criticar o modelo econômico adotado por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
'Diante do esgotamento de um modelo que produziu estagnação, desemprego e fome e fracasso da cultura do individualismo e indiferença perante o próximo e desperança da família, precariedade da segurança nacional e desrepeito aos mais velhos e desalentos aos mais novos, a sociedade bradileira escolheu mudar e começou ela mesma a promover a mudança necessária.'
O recém-empossado presidente reiterou, entretanto, que as mudanças em seu governo serão realizadas 'com cuidado', 'diálogos' e 'sem atropelos'. 'Temos consciência de que a mudança é gradativa e não por atos voluntaristas', disse, acrescentando que, realizada de modo gradual, a mudança terá resultados consistentes e duradouros.
FomeLula convocou a sociedade brasileira a formar um multirão cívico contra a fome, reafirmando o programa Fome Zero como prioridade no seu governo.
'Milhões de brasileiros estão neste momento sem ter o que comer, sobrevivem milagrosamente abaixo da linha da pobreza. Quando não morrem de pobreza, mendigando um pedaço de pão', afirmou. 'O Brasil proclamou a independência e a abolição da escravatura, (...) industrializou-se e adquiriu um moderno parque industrial, mas não venceu a fome. Isso não pode continuar assim. Enquanto houver um irmão brasileira ou uma irmã brasileira passado fome teremos motivo de sobra para nos cobrir de vergonha', continuou.
Segundo ele, este é o motivo pelo qual escolheu o Fome Zero como programa prioritário. 'Se ao final do mandato, todos os brasileiros tiverem a oportunidade de tomar café, almoço e janta, terei cumprido a missão da minha vida', reiterou.
Ética e combate à corrupçãoA transparência no trato político, o combate à corrupção e a ética nas ações do estado são 'objetivos centrais' do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. 'Enfrentar, com determinação, para derrotar a cultura da impunidade', resumiu o presidente eleito.
Lula frisou que o governo vai trabalhar contra a corrupção para que a população possa receber, de maneira mais direta, os recursos que lhe pertencem. 'Não permitiremos que a corrupção e os desperdícios privem a população dos recursos que são seus. Ser honesto é mais que não roubar e não deixar roubar, é aplicar com transparência e foco', frisou o presidente.
O presidente afirmou ainda que vê o brasileiro como um povo maduro, calejado e otimista. 'Sabe sofrer, mas sabe também o que é alegria', afirmou.
Segurança públicaLula afirmou em seu discurso de posse que adotará uma política de segurança pública mais rigorosa e eficiente, já no início de seu mandato. Ele classificou os crimes hediondos, massacres e linchamentos que se observam em diversas cidades brasileiras como 'uma guerra de todos contra todos'. Por isso, associada a uma política de educação, a política de segurança pública, segundo ele, ficará a serviço do restabelecimento da tranqüilidade do povo brasileiro.
Política externa
O presidente garantiu que irá manter a política externa brasileira voltada para o diálogo e a negociação com as principais nações e blocos econômicos de todo o mundo. Lula disse que irá manter com os Estados Unidos 'uma parceria madura, com base no respeito recíproco e interesse mútuo'. Outros alvos das negociações brasileiras serão a União Européia, e as grandes nações em desenvolvimento, como a China e a Rússia, além do continente africano. 'Queremos estimular elementos de multipolaridade da vida internacional', garantiu.
Assim, nas relações no âmbito da Alca, do Mercosul e nos diálogos com a União Européia (UE), o novo governo pretende ' combater o protecionismo, lutar pela eliminação de barreiras e pelo estabelecimento de regras mais adequadas à condição de país em desenvolvimento ' . Lula também comprometeu-se a batalhar contra ' os escandalosos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos ' e a buscar remover os ' injustificáveis obstáculos às exportações de produtos essenciais ' oriundos das nações em desenvolvimento.
No discurso, Lula ressaltou o empenho que terá com os países do Mercosul e garantiu que a grande prioridade de sua política externa será a construção de uma América do Sul unida e sólida, mediante o combate à injustiça social. Citou também a disposição em atuar para reforçar o Mercosul, que, segundo ele, está abalado pelas crises individuais de seus componentes e por uma ' visão egoísta ' do que deveria representar a integração.
Lula enfatizou que as negociações internacionais com vistas a quebrar restrições às exportações agrícolas e industriais, e os acordos em geral ligados à política externa, deverão ter como objetivo central a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. O presidente destacou ainda que o Brasil é um país onde os estrangeiros que aqui chegam se tornam brasileiros e a diversidade de raças dá uma marca de unidade à Nação.
Ao finalizar o pronunciamento, Lula afirmou que é o 'servidor público número um do Brasil'. A seguir, as últimas palavras do primeiro discurso de Lula como presidente empossado: 'Peço a Deus sabedoria para governar, discernimento para julgar, serenidade para administrar, coragem para decidir e um coração do tamanho do Brasil para me sentir unido a cada cidadão no dia-a-dia dos próximos quatro anos. Viva o povo brasileiro'.
Festa popularA mais festejada posse de um presidente eleito no Brasil começou com muita música, às 11h20m, com a bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira abrindo os shows no palco principal. Mais de 150 mil pessoas, muitas carregando bandeiras do PT, se concentraram na Esplanada dos Ministérios, segundo cálculos da Polícia Militar.
A festa na Esplanada começou sob o sol forte da manhã, muitas pessoas tiveram de ser socorridas. Algumas chegaram a desmaiar perto do palco principal, durante a apresentação da dupla Zezé di Camargo e Luciano. Também foram registrados vários casos de insolação em crianças.
Depois da dupla sertaneja, foi a vez da cantora Fernanda Abreu, seguida pelo futuro ministro da Cultura Gilberto Gil. O cantor baiano aproveitou para dar um recado: disse que há um grande futuro por vir e é preciso ter paciência para que essa árvore dê frutos. Pediu ao povo que vigie e cobre para 'nos ajudar a fazer um grande trabalho' e encerrou gritando 'viva o povo brasileiro'.
Além do principal , outros três palcos foram armados na Esplanada, onde aconteceram os shows regionais. Foram apresentadas músicas indígenas, acompanhadas por violino, houve a exibição de capoeira e show do grupo 'Bate Lata'.
REVISTA ÉPOCA 01/01/2003 - 14:18 | Edição nº 241
Presidente Lula assume o país diante de 200 mil pessoas. Posse foi marcada por festa popular
Eleito com mais de 52 milhões de votos, o metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva subiu esta quarta-feira a rampa do Palácio do Planalto concluindo a transição mais democrática e civilizada da história brasileira. Fernando Henrique Cardoso, que encerrou um ciclo de oito anos no Poder, entregou a faixa a Lula no Planalto, depois de o presidente eleito tomar posse no Congresso Nacional. Diversos artistas prestigiaram a transmissão do cargo. Entre eles, o cantor Djavan, os atores Osmar Prado, Zezé Mota, Lucélia Santos, Antonio Graci, Cristina Pereira, Marcos Winter e Paloma Duarte, a cantora Beth Carvalho, o teólogo Leonardo Boff, os cantores Zezé di Camargo e Luciano.
Do Palácio do Planalto, FHC se dirige à Base Aérea de Brasília, onde embarca em um avião da presidência rumo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Em seguida, viaja para Paris, onde deve passar os próximos três meses, na casa de amigos. FHC recebeu diversos convites para dar aulas em universidades estrangeiras após deixar o governo. Além de criar um instituto que leva seu nome, Fernando Henrique deve atuar como conselheiro especial da Organização das Nações Unidas.
Em discurso para a multidão após a entrega da faixa presidencial, Lula disse ter a convicção de que 'nenhum momento difícil' que venha a surgir em seu mandato poderá impedi-lo de fazer 'as reformas que o povo precisa'. Lula disse que não vacilará em cumprir os compromissos de campanha. 'O que dissemos é que iremos recuperar a dignidade do povo brasileiro, recuperar a auto-estima e gastar cada centavo que tivermos na perspectiva de melhorar as condições de vida de mulheres, homens e crianças'.
Um dos destaques da festa de posse de Lula foi a presença do presidente de Cuba, Fidel Castro. Ao participar da cerimônia, Fidel afirmou que os grandes líderes sempre surgem em momentos de crise. 'Os líderes não vêm de cima, vêm de baixo', acrescentou. No palanque exclusivo montado ao lado do Parlatório, onde Lula discursou para o povo, o líder cubano acenou para os populares, distribuiu autógrafos e jogou bonés para os presentes.
Posse
Cerca de 200 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, compareceram à festa da posse, iniciada ao meio-dia na Esplanada dos Ministérios. A comemoração já havia começado no dia 31 de dezembro com a chegada de caravanas de todo o país para a maior festa já realizada até hoje para a posse de um presidente da República.
Num dia histórico para o país, Lula assumiu a Presidência da República do Brasil pregando a conciliação e reafirmando o discurso de mudança sem sobressaltos durante a solenidade de posse no Congresso. O presidente eleito chegou ao Congresso Nacional às 14h50m, depois de desfilar no Rolls Royce presidencial ao lado do vice-presidente eleito José de Alencar. De pé no carro, Lula acenava para a multidão que assistiu ao percurso.
No plenário do Congresso, Lula e seu vice fizeram o juramento oficial sob aplausos e palavras de ordem do público de convidados e parlamentares presentes. A seguir, o texto lido pelos dois empossados: 'Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil'.
Mudança
Ao iniciar o seu discurso de posse no Congresso Nacional, Lula declarou que 'a mudança é a palavra-chave' da sua gestão. 'A esperança finalmente venceu o medo e a sociedade decidiu que estava na hora de trilhar novos caminhos', disse.
E aproveitou para criticar o modelo econômico adotado por seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
'Diante do esgotamento de um modelo que produziu estagnação, desemprego e fome e fracasso da cultura do individualismo e indiferença perante o próximo e desperança da família, precariedade da segurança nacional e desrepeito aos mais velhos e desalentos aos mais novos, a sociedade bradileira escolheu mudar e começou ela mesma a promover a mudança necessária.'
O recém-empossado presidente reiterou, entretanto, que as mudanças em seu governo serão realizadas 'com cuidado', 'diálogos' e 'sem atropelos'. 'Temos consciência de que a mudança é gradativa e não por atos voluntaristas', disse, acrescentando que, realizada de modo gradual, a mudança terá resultados consistentes e duradouros.
FomeLula convocou a sociedade brasileira a formar um multirão cívico contra a fome, reafirmando o programa Fome Zero como prioridade no seu governo.
'Milhões de brasileiros estão neste momento sem ter o que comer, sobrevivem milagrosamente abaixo da linha da pobreza. Quando não morrem de pobreza, mendigando um pedaço de pão', afirmou. 'O Brasil proclamou a independência e a abolição da escravatura, (...) industrializou-se e adquiriu um moderno parque industrial, mas não venceu a fome. Isso não pode continuar assim. Enquanto houver um irmão brasileira ou uma irmã brasileira passado fome teremos motivo de sobra para nos cobrir de vergonha', continuou.
Segundo ele, este é o motivo pelo qual escolheu o Fome Zero como programa prioritário. 'Se ao final do mandato, todos os brasileiros tiverem a oportunidade de tomar café, almoço e janta, terei cumprido a missão da minha vida', reiterou.
Ética e combate à corrupçãoA transparência no trato político, o combate à corrupção e a ética nas ações do estado são 'objetivos centrais' do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. 'Enfrentar, com determinação, para derrotar a cultura da impunidade', resumiu o presidente eleito.
Lula frisou que o governo vai trabalhar contra a corrupção para que a população possa receber, de maneira mais direta, os recursos que lhe pertencem. 'Não permitiremos que a corrupção e os desperdícios privem a população dos recursos que são seus. Ser honesto é mais que não roubar e não deixar roubar, é aplicar com transparência e foco', frisou o presidente.
O presidente afirmou ainda que vê o brasileiro como um povo maduro, calejado e otimista. 'Sabe sofrer, mas sabe também o que é alegria', afirmou.
Segurança públicaLula afirmou em seu discurso de posse que adotará uma política de segurança pública mais rigorosa e eficiente, já no início de seu mandato. Ele classificou os crimes hediondos, massacres e linchamentos que se observam em diversas cidades brasileiras como 'uma guerra de todos contra todos'. Por isso, associada a uma política de educação, a política de segurança pública, segundo ele, ficará a serviço do restabelecimento da tranqüilidade do povo brasileiro.
Política externa
O presidente garantiu que irá manter a política externa brasileira voltada para o diálogo e a negociação com as principais nações e blocos econômicos de todo o mundo. Lula disse que irá manter com os Estados Unidos 'uma parceria madura, com base no respeito recíproco e interesse mútuo'. Outros alvos das negociações brasileiras serão a União Européia, e as grandes nações em desenvolvimento, como a China e a Rússia, além do continente africano. 'Queremos estimular elementos de multipolaridade da vida internacional', garantiu.
Assim, nas relações no âmbito da Alca, do Mercosul e nos diálogos com a União Européia (UE), o novo governo pretende ' combater o protecionismo, lutar pela eliminação de barreiras e pelo estabelecimento de regras mais adequadas à condição de país em desenvolvimento ' . Lula também comprometeu-se a batalhar contra ' os escandalosos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos ' e a buscar remover os ' injustificáveis obstáculos às exportações de produtos essenciais ' oriundos das nações em desenvolvimento.
No discurso, Lula ressaltou o empenho que terá com os países do Mercosul e garantiu que a grande prioridade de sua política externa será a construção de uma América do Sul unida e sólida, mediante o combate à injustiça social. Citou também a disposição em atuar para reforçar o Mercosul, que, segundo ele, está abalado pelas crises individuais de seus componentes e por uma ' visão egoísta ' do que deveria representar a integração.
Lula enfatizou que as negociações internacionais com vistas a quebrar restrições às exportações agrícolas e industriais, e os acordos em geral ligados à política externa, deverão ter como objetivo central a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. O presidente destacou ainda que o Brasil é um país onde os estrangeiros que aqui chegam se tornam brasileiros e a diversidade de raças dá uma marca de unidade à Nação.
Ao finalizar o pronunciamento, Lula afirmou que é o 'servidor público número um do Brasil'. A seguir, as últimas palavras do primeiro discurso de Lula como presidente empossado: 'Peço a Deus sabedoria para governar, discernimento para julgar, serenidade para administrar, coragem para decidir e um coração do tamanho do Brasil para me sentir unido a cada cidadão no dia-a-dia dos próximos quatro anos. Viva o povo brasileiro'.
Festa popularA mais festejada posse de um presidente eleito no Brasil começou com muita música, às 11h20m, com a bateria da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira abrindo os shows no palco principal. Mais de 150 mil pessoas, muitas carregando bandeiras do PT, se concentraram na Esplanada dos Ministérios, segundo cálculos da Polícia Militar.
A festa na Esplanada começou sob o sol forte da manhã, muitas pessoas tiveram de ser socorridas. Algumas chegaram a desmaiar perto do palco principal, durante a apresentação da dupla Zezé di Camargo e Luciano. Também foram registrados vários casos de insolação em crianças.
Depois da dupla sertaneja, foi a vez da cantora Fernanda Abreu, seguida pelo futuro ministro da Cultura Gilberto Gil. O cantor baiano aproveitou para dar um recado: disse que há um grande futuro por vir e é preciso ter paciência para que essa árvore dê frutos. Pediu ao povo que vigie e cobre para 'nos ajudar a fazer um grande trabalho' e encerrou gritando 'viva o povo brasileiro'.
Além do principal , outros três palcos foram armados na Esplanada, onde aconteceram os shows regionais. Foram apresentadas músicas indígenas, acompanhadas por violino, houve a exibição de capoeira e show do grupo 'Bate Lata'.
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