VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

CANDIDATOS, ELEITORES, MANHAS E ARTIMANHAS


ZH 26 de agosto de 2014 | N° 17903


ARI RIBOLDI



Candidato é termo vindo do latim “candidus”, branco como a neve, alvo, brilhante, particípio passado do verbo “candere”, o que foi vestido de branco. Na antiga Roma, o candidato a um cargo eletivo fazia campanha vestido com uma toga branca, o que simbolizava a sua idoneidade, pureza e honradez. Na cultura ocidental e no meio religioso cristão, a cor branca representa a pureza, a virgindade. Em decorrência disso, o hábito de usar vestes brancas, por parte das crianças, no batizado, e por parte das noivas, na cerimônia religiosa de casamento.Em meio a mais uma campanha eleitoral, conheça algumas táticas de candidatos para conquistar a simpatia e o voto do eleitorado: aparecer ao lado da esposa e dos filhos, símbolo do bom marido e pai e do cultivo dos valores tradicionais; com criancinhas no colo, demonstração de sensibilidade; em igrejas, respeito aos credos; abraçar pessoas de outras raças, ausência de preconceito; em mangas de camisa, expressão de trabalho e iniciativa; com atores, jornalistas, escritores, intelectuais, estímulo às atividades culturais e artísticas; em festas de gente pobre ou no meio de operários, expressão de humildade e simplicidade; com roupa a rigor ao lado de altas autoridades, capacidade de influência e prestígio pessoal; ao lado de pessoas de baixa condição social e esteticamente feias, manifestação de tolerância; em transporte coletivo, no meio do povo, demonstração de simplicidade.

Não quero dizer que todas são artimanhas e manhas falsas para ludibriar a boa-fé do eleitor. É preciso tomar pé, interessar-se, saber sobre o presente e o passado dos candidatos. Enfim, verificar se os discursos e programas são coerentes, ou seja, se correspondem à prática de suas ações diárias, ao seu exemplo de vida. Vale a pena acompanhar e conferir os atos de quem nos representa. Nós também temos nossa parcela de responsabilidade sobre a sua atuação. Eleger, do latim “eligere”, escolher o melhor. O eleitor, portanto, tem o dever de votar e de valorizar a sua escolha, como um ato de cidadania, e de fiscalizar a conduta dos eleitos a quem delegou, no processo democrático, a responsabilidade de representá-lo. Essa é uma boa prática política e sinal de amadurecimento democrático.

*Professor e escritor

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