VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

MENOS PARTIDOS


ZERO HORA 19 de agosto de 2014 | N° 17895


THEMIS GROISMAN LOPES




Novas eleições se aproximam. É hora de pensarmos em organizar não só nossa vida como indivíduos, mas também a vida pública de nosso país. O trágico falecimento de Eduardo Campos, criando um impasse relacionado à substituição do candidato, impõe cada vez mais a necessidade de uma reforma política na tentativa de dizer um basta às incoerências.

Partimos do histórico de que os partidos políticos no Brasil são considerados pessoas jurídicas de Direito Privado, sendo constituídos por cidadãos que têm, em princípio, uma doutrina ideológica e objetivos definidos. Em nosso país existe um pluripartidarismo garantido pela Constituição Federal. É assegurada aos partidos autonomia na escolha de seus estatutos, programas, organização e funcionamento. Ainda é garantida aos mesmos a liberdade de fazer coligações com outros partidos. O que sem dúvida compromete os governantes em nome dos pactos assumidos, tendo que realizar conchavos, nos quais o que menos importa é o povo. Há muito tempo, vem sendo discutida no país, a urgência dessa reforma política. A finalidade seria a de eliminar vícios e contradições que comprometem a lisura tanto em relação ao modo de funcionamento dessas agremiações quanto também de seus membros.

Os mais polêmicos pontos a serem discutidos: financiamento público das campanhas, voto distrital e voto em lista. Seriam, assim, estabelecidos critérios que acabariam com o uso indevido das verbas públicas nas campanhas políticas, evitando em grande parte a possibilidade de corrupções.

Existe a necessidade de diminuir o número de partidos, evitando a pulverização de entidades partidárias, que não possuem uma ideologia bem definida e confundem o eleitor. Talvez não seja a solução para todos os problemas, mas poderá ser a tentativa mais plausível para uma transparência política maior, em um país que clama por honestidade e compromisso com a cidadania.

Enquanto se procrastinam as definições exigidas pela sociedade, vai se perpetuando a insegurança, o caos da saúde, a balbúrdia na educação, um povo órfão.

*PSIQUIATRA

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