VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

domingo, 10 de agosto de 2014

O PERFIL DOS CANDIDATOS EM NÚMEROS

ZERO HORA 10 de agosto de 2014 | N° 17886

CADU CALDAS


ESTATÍSTICAS DA ELEIÇÃO

COM BASE NAS INFORMAÇÕES divulgadas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ZH mapeouas características de quem concorre neste pleito



Homem, branco, casado, entre 30 e 49 anos e com um diploma na mão. Esse é o perfil mais comum entre os candidatos gaúchos que disputam uma vaga no Congresso neste ano.

No restante do Brasil, o retrato não é muito diferente: boa parte dos aspirantes à Câmara tem características semelhantes, o que mostra que política no país ainda é espaço restrito.

Esse perfil já foi ainda mais dominante no passado e vem perdendo espaço nos últimos 20 anos. O aumento na participação de pardos e negros reflete um processo de popularização da classe política no Brasil, afirma o cientista político Leôncio Martins Rodrigues. A conclusão é baseada na comparação dos patrimônios de deputados das últimas quatro legislaturas. No livro Pobres e Ricos na Luta pelo Poder, lançado este ano, o especialista aponta que isso ocorre simultaneamente à tendência de encarecimento das campanhas porque os mais pobres encontraram trunfos eleitorais capazes de contrabalançar o poder do dinheiro, como sindicatos, igrejas e ONGs.

– Com o termo popularização, eu não quis dizer que a Câmara é um órgão popular, apesar de ser chamada de casa do povo. O que o termo indica é uma tendência de diminuição da presença das classes ricas – aponta.

Para o cientista político Valeriano Mendes Costa, a mudança gradual no perfil dos candidatos não significa necessariamente aumento na qualidade do parlamento:

– Isso torna os discursos mais acalorados, e a defesa de interesses mais forte. Mas elevar o nível do debate exige mais do que isso.


Na disputa por governos, políticos mais velhos, ricos e escolarizados


Os candidatos a uma vaga no Poder Executivo têm, em média, idade e patrimônio maior do que os colegas que disputam uma vaga no Congresso.

Entre os presidenciáveis, oito dos 11 concorrentes estão na faixa etária entre 50 e 69 anos e nove afirmam ter Ensino Superior completo. O patrimônio do grupo varia entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. Quando observadas as declarações de bens dos três com melhor desempenho nas pesquisas (Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos), as posses ficam entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.

Na disputa pelo governo estadual, o perfil dos concorrentes é diferente em comparação com o padrão que aparece nas demais unidades federativas. Todos os candidatos gaúchos se autodeclaram brancos, e metade afirma ter na conta mais de R$ 1 milhão. Nos outros Estados, os concorrentes brancos também são maioria, mas em percentual menor, de 67%. Cerca de 30% se declaram pardos ou negros. O nível de escolaridade no Estado também é um pouco mais elevado: 87,5% têm superior completo contra 79,6% no país.

– Os governantes que atuam no Executivo sempre tiveram um perfil ainda mais elitizado que os legisladores. Não é um fenômeno brasileiro, nem latino americano – afirma o cientista político Valeriano Mendes Costa.

E completa:

– Nos EUA e Europa, o perfil econômico dos candidatos sempre foi mais alto do que o do cidadão médio. Para a Câmara, é mais fácil que se sobressaiam candidatos com características diferentes do padrão, como o palhaço Tiririca. Para o Executivo, o eleitorado costuma ser mais conservador. Não à toa, Lula demorou mais de uma década para se eleger.

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