VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

COMO DECIDIR O FUTURO DO ESTADO E DO BRASIL


JORNAL DO COMERCIO 22/08/2014


EDITORIAL



O horário político está tecendo loas às candidaturas ao governo do Estado e ao Palácio do Planalto. Peças bem feitas, embora bem repetitivas na comparação com pleitos anteriores, nas quais os candidatos apontam o que há de bom e o que pretendem fazer, se eleitos forem. É bom que assim seja, cabendo aos eleitores decidirem pelos que julgarem melhores para o Rio Grande do Sul e o País. No entanto, sabe-se que houve uma onda contestadora. É difusa e muitos bradaram nas ruas quebrando lojas, agências bancárias e queimando veículos sem saber, exatamente, o que desejam mudar ou por qual motivo protestavam. A não ser que exista apenas o ímpeto do furto. Muitos brasileiros estão cansados, bradando que não querem mais ouvir falar de CPIs, de acusações, do mensalão e das epidemias de gripe.

Esse clamor, em maior ou menor intensidade, tem chegado às redações dos jornais, rádios e tevês. Aquelas reivindicações são as pautas, os assuntos principais que estão postos à disposição dos editores, dos repórteres, dos que garimpam o que interessa mais aos leitores, ouvintes e telespectadores. Às vezes, não se pode negar, enjoa mesmo tratar dos mesmos assuntos por semanas a fio, sem que se chegue a um final, seja para que lado for.

Há, no Brasil da campanha política de 2014, uma multidão dos que não viveram o suficiente em termos de debates. Por isso, os que se abstêm de pensar sobre em quem votarão para os Legislativos estadual e federal, Câmara e Senado, com certeza não é de uma carpideira que precisam, mas de um adivinho. Talvez até necessitem de um Édipo que lhes explique seu próprio enigma, cujo sentido não detêm. Por isso, é preciso, se houver segundo turno no Estado e no País, ouvir palavras que jamais foram ditas, que ficaram no fundo dos corações dos eleitores. Por isso mesmo, que cada um de nós perscrute o seu coração porque essas palavras, essas indagações estão lá. É preciso fazer com que os silêncios do que não foi dito falem para que o Estado e o Brasil ouçam.

O fato é que todos temos que começar a pensar bem na trajetória dos candidatos, no que fizeram, comparar com outras propostas e a realidade estadual e nacional e escolhermos alguém para continuar dirigindo o Rio Grande do Sul e o Brasil ou trocarmos o comando. Isso, cabe a nós, somente a nós, eleitores. Da mesma forma, escoimar as besteiras em termos de nomes fictícios e as palhaçadas de certos candidatos que, apesar ou por causa disso, encantam muitos eleitores. Por isso, as pessoas, com certeza, continuarão a reclamar do noticiário repetitivo pelas próximas semanas, no mínimo.

O que prejudica a todos é a inteligência dos velhacos que agem nas sombras. Não podemos nos enganar sobre um ponto básico, o de que o princípio da democracia nem sempre é a virtude, mas sim o ciúme e a inveja. É que quando cada um deseja ser o governante, todos se opõem e não permitem que apenas um mande. Aí vem o equilíbrio no tão citado, mas pouco entendido, Estado Democrático de Direito. Há nomes, suposições e frases na base do “acho, penso, julgo que o fulano afirmou...”. Ora, é preciso desidratar, urgentemente, as suposições para que provas, dados, fatos, números e tudo o que for irrefutável venha a público.

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