VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 22 de março de 2013

REJEIÇÃO GERAL


ZERO HORA 22 de março de 2013 | N° 17379

EDITORIAIS


O país espera que se cumpra o apelo do presidente da Câmara para que chegue ao fim a crise provocada com a escolha de Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa. A solução, disse o senhor Henrique Alves, num apelo à direção do partido de Feliciano, deve ser rápida e respeitosa com o país.

A única solução respeitosa é o afastamento imediato do político da liderança da comissão, diante da sua resistência em pedir para sair. Que se respeitem assim todos os ofendidos pela indicação do parlamentar, ou seja, a sociedade, que rejeita a discriminação de gays e de negros, tratados como cidadãos de segunda categoria pelo deputado. Feliciano não é um exemplar incomum na política, que ainda acolhe defensores de posições em completo desacordo com os avanços da civilização. A liberdade de manifestação lhes assegura o direito de dizerem o que pensam, desde que se submetam às consequências de seus atos.

O caso de Feliciano é mais grave. O deputado passou a presidir um grupo de trabalho do Congresso criado exatamente para vigiar posturas como as adotadas por ele. É uma incoerência para o parlamento que um de seus integrantes ocupe função tão relevante para o reconhecimento dos direitos humanos, enquanto alardeia preconceitos com naturalidade. A reação à nomeação de Feliciano chegou aos seus próprios colegas, depois de provocar manifestações de entidades como a OAB e do procurador-geral da República. O parlamentar é o principal, mas não o único, personagem desse imbróglio. Ele somente assumiu a tarefa que não pode desempenhar por indicação de seu partido e pela omissão silenciosa de colegas de outras agremiações.

É preciso esclarecer, no entanto, que a rejeição geral, expressa em manifestações públicas, nas redes sociais e na imprensa, não tem relação com sua religião. O próprio rejeitado tem procurado causar essa confusão, para escamotear seus preconceitos e adiar um desfecho inevitável.

Nenhum comentário: