VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

EMAGREÇA ENQUANTO DORME

ZERO HORA 27 de setembro de 2013 | N° 17566

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA


Às vésperas do prazo derradeiro para a filiação de quem pretende concorrer na eleição do ano que vem, o país assiste a cenas patéticas de partidos oferecendo vaga para quem está descontente ou quer se aventurar na política. Sem preocupação com ideologia, projeto ou biografia: o importante é fazer número. Vende-se aos interessados a ilusão de que basta se filiar para ter eleição garantida. São mensagens de conteúdo semelhante ao emagreça enquanto dorme, um dos spams mais conhecidos da internet.

Enquanto os pequenos partidos querem fazer número, e chamam descontentes, suplentes, ex-isso e ex-aquilo, os grandes já estabelecidos correm atrás de subcelebridades, jogadores de futebol, pessoas com espaço na mídia. E os recém-criados tentam seduzir quem tem mandato para garantir tempo de rádio e TV e uma maior fatia do fundo partidário, principais razões da existência das siglas de aluguel. Tempo de TV vale ouro na hora de negociar a participação em uma aliança e garantir cargos em caso de vitória.

Com 32 partidos registrados no TSE, o Brasil deve ganhar o 33º – a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, até 5 de outubro. Depois de conceder registro ao Solidariedade e ao PROS, apesar das suspeitas de irregularidades na obtenção das assinaturas de apoio, o Tribunal Superior Eleitoral terá de dar tratamento idêntico à Rede, que conseguiu o apoio mas não tem a certificação dos cartórios eleitorais. O resultado dessa liberalidade é o estímulo à criação de novas siglas, lideradas por idealistas que não encontram espaço para as suas ideias ou por aventureiros dispostos a levar vantagem.

O problema está na lei que dá aos partidos recém-criados direitos que só deveriam ter depois de mostrar alguma representatividade. Mesmo após sucessivos fracassos eleitorais, seguem com acesso a verbas e a tempo de rádio e TV, usando o espaço para a autopromoção de seus pretensos líderes e para a negociata. Contribui para esse quadro a interpretação de que sair do partido pelo qual se elegeu para um novo não significa infidelidade partidária e, portanto, não sujeita o vira-casaca à perda de mandato.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Há duas formas legais de ganhar dinheiro fácil no Brasil: criar uma Igreja e conseguir o registro de partido político. Ambos não pagam impostos e recebem altas somas de dinheiro. A Igreja ganha doações de seus fiéis (igreja) e os Partidos recebem donativos dos militantes e verba do fundo partidário pagos pelo povo através dos impostos arrecadados em quatro meses de trabalho suado.

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