VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O NOME DISTO É MUNICIPALISMO


JORNAL DO COMERCIO 26/09/2013

Mario Ribas do Nascimento


As manifestações ocorridas em junho deste ano mostraram a todos nós uma virada no comportamento político da sociedade brasileira. Vivemos um momento desafiador, especialmente para quem tem responsabilidade pública. Àqueles que estão à frente de uma comunidade local, o convite feito pelos cidadãos é claro: sentir o que eles sentem, fazer o que há de ser feito – e, inclusive, dizer ao governo central o que precisa ser dito. Ao contrário de problema, esse exercício é uma função natural dos prefeitos e das prefeitas. Manter contato, olhar para as pessoas e tentar superar os desafios coletivos – tudo isso faz parte do dia a dia dos gestores municipais. E tem um nome: municipalismo. Essa é a nossa bandeira e é dela que o Brasil precisa mais do que nunca!

Valorizar o poder local e aproximá-lo do povo é tudo o que sempre postulamos. Trata-se do cerne da mudança do pacto federativo que propomos e da melhor interação que a política brasileira pode encontrar. Os gestores locais devem ser ouvidos, participar das grandes pautas políticas do Estado e do País. Mais do que isso: precisamos levantar nossas bandeiras, propor reformas, estimular debates, comprar boas brigas, abrir novas reflexões. Defender a bandeira do municipalismo, como faz a Famurs (Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul), significa tratar bem o que nos é próximo. É também cuidar das pessoas desde que elas nascem, ali em nossos hospitais. E, ao mesmo tempo, ajudar a construir um país melhor para que essas mesmas pessoas possam ser felizes individual e socialmente. Nascemos do ventre de uma mãe e, dali, vamos à família e à sociedade. O município, por sua vez, é o primeiro ventre social – é onde nasce a vida em comunidade. É o verdadeiro habitat da felicidade humana. Portanto, vamos todos cuidar muito bem dessa preciosidade!

Superintendente técnico e de Relações Institucionais da Famurs


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Acredito como correto colocar o município como a mais importante fatia na conversão da lei em direitos e investimentos, mas não poderia ser considerado um ente federativo como prevê a constituição federal para o modelo federativo brasileiro, o único e surreal do mundo. Por isto, é que os prefeitos fazem romarias em direção a Brasília às custas do dinheiro dos munícipes para levantar as verbas que são centralizadas nos Poderes em Brasília, a Versalhes brasileira, que nada mais são do que os impostos abusivos arrecadados de quatro meses de labor suado do contribuinte que trabalha. Se mudasse esta condição, aplicando os princípios federativos da responsabilidade territorial e descentralizando a maioria dos impostos, os Estados teriam a função de apoiar seus municípios e estes estariam bem mais próximos da fonte de recursos.  



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