VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sábado, 7 de setembro de 2013

PERDÃO INDEVIDO

JORNAL DO COMERCIO 06/09/2013

Humberto Ruga


Circula na Câmara dos Deputados um projeto com o apoio do Ministério dos Esportes de perdoar a dívida dos clubes profissionais de futebol do Brasil, avaliada em torno de R$ 4 bilhões, o que no meu entender constitui-se numa afronta ao povo brasileiro, de maneira especial para aqueles que pagam religiosamente os seus impostos. Quando os grandes clubes do futebol do Brasil pagam salários mensais acima de R$ 500 mil deixando de recolher os tributos inerentes a esses salários, temos na realidade uma apropriação indébita, que merece ser punida e não estimulada. O Brasil tem tido na direção da CBF ou CBD nos últimos 35 anos sonegadores e até contrabandistas acusados pela Receita Federal. Também em muitas federações brasileiras existiu e existe esse tipo de gente que comanda o futebol. Com este dinheiro que se deixa de recolher, poderíamos construir no mínimo 100 hospitais regionais de grande porte totalmente equipados, o que viria ajudar a resolver em grande parte o problema da saúde em nosso país. Se a saúde não for considerada prioritária, poderíamos optar pela construção de 4 mil escolas na base de R$ 1 milhão cada.

Sou um fã do esporte, entendo que esporte é fundamental na formação de um povo, mas um projeto desse tipo em período pré-eleitoral, além de ser demagógico, é desonesto. Entendo que o escândalo do custo das arenas e do próprio Maracanã já sangrou suficientemente os cofres do nosso país. Aproveito a oportunidade para questionar perguntando o que foi feito da Timemania? É imprescindível que um balanço desse tipo de aposta seja tornado público. Está na hora de o governo brasileiro tomar uma atitude em defesa da sua constituição, que no seu artigo 5 diz que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.

Empresário e ex–presidente da Federasul

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