ZERO HORA 24/01/2014 | 18h23
Caso do helicóptero de Perrella: MPF denuncia cinco por tráfico. Inquérito será desmembrado devido ao foro privilegiado do deputado Gustavo Perrella, filho do senador Zezé Perrella
O Ministério Público Federal (MPF) no Espírito Santo denunciou cinco pessoas à Justiça pelo tráfico de 445 quilos de cocaína apreendidos em um helicóptero da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. A empresa, criada pelo senador Zezé Perrella (PDT-MG), tem atualmente como um dos sócios o filho dele, Gustavo Perrella. Além de denunciar cinco pessoas pelo tráfico, o MPF determinou o desmembramento do inquérito e seu envio para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) devido ao foro privilegiado de Gustavo, que é deputado estadual em Minas Gerais pelo Solidariedade.
Mas o Ministério Público ressaltou que a remessa do caso para a segunda instância da Justiça Federal "não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos fatos". "A decisão apenas reconhece que não cabe a um membro do MPF que atua perante órgãos de primeira instância analisar a questão", afirma texto divulgado pela Procuradoria da República. Durante o inquérito, o deputado, sua irmã Carolina Perrella e um primo deles, André de Oliveira Costa, sócios da Limeira, prestaram depoimentos à Polícia Federal por meio de carta precatória na condição de testemunhas.
Parte da denúncia corre sob sigilo e o MPF não informou se Gustavo poderá responder, por exemplo, por autorizar o piloto Rogério Almeida Antunes, funcionário da Limeira, a fazer "frete de passageiro", apesar de a aeronave apreendida não ter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para este tipo de atividade. A mensagem do parlamentar, encontrada no telefone celular de Rogério, foi uma das justificativas usadas pela Polícia Federal para declarar, um dia depois da apreensão da cocaína, que o deputado mineiro não tinha relação com a droga.
Além do piloto, foram denunciados à Justiça o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior, os responsáveis por descarregar o helicóptero Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, e Elio Rodrigues, e o dono de uma propriedade que servia de base para a organização. Foi no sítio de Elio no município de Afonso Cláudio que ocorreu a apreensão da aeronave em 24 de novembro do ano passado. Ele comprou a propriedade, avaliada em R$ 100 mil, por R$ 500 mil, pagos em dinheiro vivo.
A apreensão do helicóptero com a droga e a repercussão em torno do caso levou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais a alterar as normas relativas às verbas indenizatórias. Isso porque Gustavo e Zezé Perrella usaram este tipo de recurso do Legislativo estadual e do Senado, respectivamente, para abastecer a aeronave. Os parlamentares mineiros não podem mais usar essa verba para abastecer aeronaves particulares, expediente ainda permitido no Senado.
A prisão de Rogério Antunes - que alegou que trabalhava para o senador Zezé Perrella para tentar evitar a apreensão no momento da abordagem da polícia - ainda levou a Assembleia mineira a demitir o piloto. Desde abril do ano passada ele recebia R$ 1,7 mil como funcionário da terceira secretaria da Mesa diretora da Casa, para a qual foi indicado poro Gustavo Perrella. Ninguém na Assembleia soube dizer o tipo de serviço que ele prestava nem se aparecia no local.
AGÊNCIA ESTADO
10/12/2013 | 17h56
Helicóptero de Perrella esteve no Paraguai antes de ser apreendido, diz PF. Aeronave foi apreendida com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo
O helicóptero modelo Robinson R66 da família Perrella esteve no Paraguai um dia antes de ser apreendido com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo. Análise feita pela Polícia Federal (PF) no GPS da aeronave mostrou também que, depois de permanecer em São Paulo em 23 de novembro, o helicóptero parou para abastecer em Minas Gerais pouco antes de seguir para o município de Afonso Cláudio, onde ocorreu o flagrante no dia seguinte.
A maior parte das notas usadas pelo deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) para ser reembolsado pela Assembleia Legislativa de Minas pelo abastecimento do helicóptero é da Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda., no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte. É do mesmo local que o pai do deputado, o senador Zezé Perrella (PDT), usa várias notas fiscais para usar verba indenizatória do Senado com abastecimentos.
Mas a PF não confirmou se foi neste local que o helicóptero, registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. - fundada por Zezé e hoje nos nomes de Gustavo, da sua irmã Carolina Perrella e de um sobrinho do senador, André Almeida Costa - parou antes de seguir para o Espírito Santo.
AGÊNCIA ESTADO
Caso do helicóptero de Perrella: MPF denuncia cinco por tráfico. Inquérito será desmembrado devido ao foro privilegiado do deputado Gustavo Perrella, filho do senador Zezé Perrella
O Ministério Público Federal (MPF) no Espírito Santo denunciou cinco pessoas à Justiça pelo tráfico de 445 quilos de cocaína apreendidos em um helicóptero da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. A empresa, criada pelo senador Zezé Perrella (PDT-MG), tem atualmente como um dos sócios o filho dele, Gustavo Perrella. Além de denunciar cinco pessoas pelo tráfico, o MPF determinou o desmembramento do inquérito e seu envio para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) devido ao foro privilegiado de Gustavo, que é deputado estadual em Minas Gerais pelo Solidariedade.
Mas o Ministério Público ressaltou que a remessa do caso para a segunda instância da Justiça Federal "não implica uma opinião negativa sobre a participação do parlamentar nos fatos". "A decisão apenas reconhece que não cabe a um membro do MPF que atua perante órgãos de primeira instância analisar a questão", afirma texto divulgado pela Procuradoria da República. Durante o inquérito, o deputado, sua irmã Carolina Perrella e um primo deles, André de Oliveira Costa, sócios da Limeira, prestaram depoimentos à Polícia Federal por meio de carta precatória na condição de testemunhas.
Parte da denúncia corre sob sigilo e o MPF não informou se Gustavo poderá responder, por exemplo, por autorizar o piloto Rogério Almeida Antunes, funcionário da Limeira, a fazer "frete de passageiro", apesar de a aeronave apreendida não ter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para este tipo de atividade. A mensagem do parlamentar, encontrada no telefone celular de Rogério, foi uma das justificativas usadas pela Polícia Federal para declarar, um dia depois da apreensão da cocaína, que o deputado mineiro não tinha relação com a droga.
Além do piloto, foram denunciados à Justiça o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior, os responsáveis por descarregar o helicóptero Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza, e Elio Rodrigues, e o dono de uma propriedade que servia de base para a organização. Foi no sítio de Elio no município de Afonso Cláudio que ocorreu a apreensão da aeronave em 24 de novembro do ano passado. Ele comprou a propriedade, avaliada em R$ 100 mil, por R$ 500 mil, pagos em dinheiro vivo.
A apreensão do helicóptero com a droga e a repercussão em torno do caso levou a Assembleia Legislativa de Minas Gerais a alterar as normas relativas às verbas indenizatórias. Isso porque Gustavo e Zezé Perrella usaram este tipo de recurso do Legislativo estadual e do Senado, respectivamente, para abastecer a aeronave. Os parlamentares mineiros não podem mais usar essa verba para abastecer aeronaves particulares, expediente ainda permitido no Senado.
A prisão de Rogério Antunes - que alegou que trabalhava para o senador Zezé Perrella para tentar evitar a apreensão no momento da abordagem da polícia - ainda levou a Assembleia mineira a demitir o piloto. Desde abril do ano passada ele recebia R$ 1,7 mil como funcionário da terceira secretaria da Mesa diretora da Casa, para a qual foi indicado poro Gustavo Perrella. Ninguém na Assembleia soube dizer o tipo de serviço que ele prestava nem se aparecia no local.
AGÊNCIA ESTADO
Helicóptero de Perrella esteve no Paraguai antes de ser apreendido, diz PF. Aeronave foi apreendida com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo
O helicóptero modelo Robinson R66 da família Perrella esteve no Paraguai um dia antes de ser apreendido com quase meia tonelada de cocaína no Espírito Santo. Análise feita pela Polícia Federal (PF) no GPS da aeronave mostrou também que, depois de permanecer em São Paulo em 23 de novembro, o helicóptero parou para abastecer em Minas Gerais pouco antes de seguir para o município de Afonso Cláudio, onde ocorreu o flagrante no dia seguinte.
A maior parte das notas usadas pelo deputado estadual Gustavo Perrella (SDD) para ser reembolsado pela Assembleia Legislativa de Minas pelo abastecimento do helicóptero é da Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda., no bairro de mesmo nome, em Belo Horizonte. É do mesmo local que o pai do deputado, o senador Zezé Perrella (PDT), usa várias notas fiscais para usar verba indenizatória do Senado com abastecimentos.
Mas a PF não confirmou se foi neste local que o helicóptero, registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. - fundada por Zezé e hoje nos nomes de Gustavo, da sua irmã Carolina Perrella e de um sobrinho do senador, André Almeida Costa - parou antes de seguir para o Espírito Santo.
AGÊNCIA ESTADO
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