GUILHERME MAZUI E RENATA COLOMBO | BRASÍLIA
AJUDA ROTINEIRA
Deputados federais Alexandre Roso e Darcísio Perondi reservaram R$ 3,5 milhões, só neste ano, para hospital de Pernambuco
Um hospital de Jaboatão dos Guararapes – cidade de 644 mil habitantes na região metropolitana de Recife (PE) – recebe apoio financeiro por meio de dois deputados gaúchos. Só para 2014, Alexandre Roso (PSB) e Darcísio Perondi (PMDB) indicaram, juntos, R$ 3,5 milhões para o Hospital Memorial Jaboatão. O valor supera 10% do total que ambos têm direito a designar ao ano.
Os valores constam na cota individual de emendas, que, neste ano, devem ser pagas pelo governo em virtude do orçamento impositivo. O ato dos deputados não é ilegal, mas, geralmente, parlamentares costumam atender demandas de suas bases eleitorais. No entanto, Perondi e Roso, que são médicos, mantêm o hábito de indicar recursos à casa de saúde pernambucana há pelo menos três anos.
Até o ano passado, os dois indicaram, juntos, R$ 7,4 milhões para a instituição. Contudo, não há clareza se os valores foram pagos de forma integral, já que a liberação depende da vontade do governo federal. O Ministério da Saúde não informou, até ontem, a situação de cada emenda. A administração do hospital disse que recebeu recursos, inclusive em anos anteriores a 2009, mas não precisou os valores.
Para este ano, as novas emendas de Perondi (R$ 1,5 milhão) e de Roso (R$ 2 milhões) devem ser pagas até dezembro. Presidente do Memorial Jaboatão, José Leôncio de Carvalho Neto comemora a ajuda, mas ainda não definiu como pretende investir a verba. Ele afirma ser amigo de Perondi e não vê impedimentos para receber ajuda de políticos não pernambucanos.
Em Ijuí, terra de Perondi, o Hospital Bom Pastor recebeu ajuda do deputado para construir a nova sede, mas a comunidade tem feito eventos e campanhas paralelas para completar os R$ 12 milhões necessários. Já em São Leopoldo, onde Roso foi vice-prefeito, a direção do Hospital Centenário, diz ter cerca de R$ 1,4 milhão de dívida com fornecedores ainda pendente, além de R$ 4 milhões em energia elétrica.
Vice-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS, André Lagemann observa que, com R$ 3,5 milhões, daria para construir uma unidade de internação em uma instituição de pequeno porte e custear reformas e compra de equipamentos:
– O dinheiro faz falta.
AJUDA ROTINEIRA
Deputados federais Alexandre Roso e Darcísio Perondi reservaram R$ 3,5 milhões, só neste ano, para hospital de Pernambuco
Um hospital de Jaboatão dos Guararapes – cidade de 644 mil habitantes na região metropolitana de Recife (PE) – recebe apoio financeiro por meio de dois deputados gaúchos. Só para 2014, Alexandre Roso (PSB) e Darcísio Perondi (PMDB) indicaram, juntos, R$ 3,5 milhões para o Hospital Memorial Jaboatão. O valor supera 10% do total que ambos têm direito a designar ao ano.
Os valores constam na cota individual de emendas, que, neste ano, devem ser pagas pelo governo em virtude do orçamento impositivo. O ato dos deputados não é ilegal, mas, geralmente, parlamentares costumam atender demandas de suas bases eleitorais. No entanto, Perondi e Roso, que são médicos, mantêm o hábito de indicar recursos à casa de saúde pernambucana há pelo menos três anos.
Até o ano passado, os dois indicaram, juntos, R$ 7,4 milhões para a instituição. Contudo, não há clareza se os valores foram pagos de forma integral, já que a liberação depende da vontade do governo federal. O Ministério da Saúde não informou, até ontem, a situação de cada emenda. A administração do hospital disse que recebeu recursos, inclusive em anos anteriores a 2009, mas não precisou os valores.
Para este ano, as novas emendas de Perondi (R$ 1,5 milhão) e de Roso (R$ 2 milhões) devem ser pagas até dezembro. Presidente do Memorial Jaboatão, José Leôncio de Carvalho Neto comemora a ajuda, mas ainda não definiu como pretende investir a verba. Ele afirma ser amigo de Perondi e não vê impedimentos para receber ajuda de políticos não pernambucanos.
Em Ijuí, terra de Perondi, o Hospital Bom Pastor recebeu ajuda do deputado para construir a nova sede, mas a comunidade tem feito eventos e campanhas paralelas para completar os R$ 12 milhões necessários. Já em São Leopoldo, onde Roso foi vice-prefeito, a direção do Hospital Centenário, diz ter cerca de R$ 1,4 milhão de dívida com fornecedores ainda pendente, além de R$ 4 milhões em energia elétrica.
Vice-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do RS, André Lagemann observa que, com R$ 3,5 milhões, daria para construir uma unidade de internação em uma instituição de pequeno porte e custear reformas e compra de equipamentos:
– O dinheiro faz falta.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É uma prova de que os deputados federais não representam o povo do seu Estado, mas os interesses dos caciques de seus partidos. Aliás, estas emendas são moedas de troca e deveriam ser extintas, pois os deputados são eleitos para legislar e fiscalizar os atos dos Poderes, e não para fazer assistencialismo que é função do Poder Executivo.
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