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CAOS NO MARANHÃO
No mesmo dia em que cancelou duas licitações para compra de alimentos – entre eles 80 kg de lagosta fresca e 2,4 toneladas de camarão –, o governo do Maranhão manteve concorrência semelhante para organizar eventos e serviços de buffet para atos públicos ao longo do ano.
O pregão prevê pagar R$ 103,61 por convidado em almoços e jantares e exige, em um dos cardápios, servir canapé de caviar. Conforme o edital, a empresa vencedora deverá oferecer cinco opções de cardápio. As recepções preevem, por exemplo, carneiro ao molho de hortelã e cabrito ao vinho.
Como entradas, também constam no menu canapés de salmão ou presunto e patinhas de caranguejo. Já como pratos principais, há bacalhau com natas, pato com laranja, risoto de camarão, lagosta e caranguejo.
O processo ainda prevê o fornecimento de uísque escocês de 12 anos, vinhos franceses, italianos, chilenos, espanhóis e portugueses, além de champanhe dos tipos brut, brut-sec e demi-sec. Segundo o edital, todos os itens devem ser de “primeira qualidade”.
Os gastos com o cerimonial no Maranhão são superiores, por exemplo, ao que o Ministério da Justiça, por meio do Fundo Penitenciário Nacional, investiu em três presídios federais no ano passado nos municípios de Catanduvas (PR) – R$ 1,2 milhão –, Mossoró (RN) – R$ 1,1 milhão –, e Porto Velho (RO) – R$ 1,3 milhão.
A lista de exigências para contratar os serviços do cerimonial não difere das licitações que foram adiadas. Na justificativa para a licitação, a Casa Civil do governo maranhense, responsável pela concorrência, disse que cabe a ela assistir “direta e imediatamente” a governadora no desempenho das suas funções. Roseana Sarney não se manifestou sobre o caso.
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