VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

COBERTOR CURTO

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 13/09/2011


O abono de R$ 300 oferecido aos soldados da Brigada Militar não chega nem perto da reivindicação apresentada ao governo, de um aumento emergencial de 25% e de um cronograma para atingir o piso de R$ 3,2 mil, previsto na chamada PEC 300, que tramita no Congresso. A emenda não tem chance de ser aprovada tão cedo, mas passou a ser uma referência para os brigadianos.

Pelos cálculos do governo, cada 1% de aumento linear para os servidores da segurança pública tem um impacto de R$ 27 milhões anuais na folha de pagamento. Um reajuste de 25% significaria R$ 675 milhões a mais nos gastos. Como o Piratini está pressionado também pelos professores e por servidores de outras categorias, a solução foi oferecer um abono aos soldados e ganhar tempo para negociar com os oficiais, com os delegados e com todos os outros que batem à porta da Casa Civil pedindo aumento.

A preocupação com a aprovação, pelo Congresso, de medidas que podem abalar as finanças do Estado levou o secretário da Fazenda, Odir Tonollier, a pedir socorro aos três senadores gaúchos. Tonollier ligou para Ana Amélia Lemos (PP), Pedro Simon (PMDB) e Paulo Paim (PT) e pediu que prestem atenção à repercussão de quatro propostas que estão em discussão em Brasília. Além das emendas que criam despesas na área da segurança, o governo gaúcho se preocupa com a regulamentação da emenda 29, que amplia os recursos para a área da saúde, as novas regras do Simples Nacional e as mudanças no Fundo de participação dos Estados.

As três emendas que tratam da área de segurança teriam, pelas contas de Tonollier, um impacto de R$ 2,53 bilhões na folha de pagamento. Uma estabelece piso igual ao do Distrito Federal para os PMs de todo o país. Outra estende esse piso a todos os operadores da segurança estadual e uma terceira atrela a remuneração dos delegados à dos promotores de Justiça.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O engraçado nesta história falaciosa e demagógica do "cobertor curto" é que esta "peça de roupa de cama que se usa sobre os lençóis como proteção contra o frio" é chamada no Brasil de "cobertor de pobre", isto é só serve para as categorias menos aquinhoadas do Estado, no caso professores, policiais e agentes da saúde. Para as categorias mais privilegiados, o cobertor do Estado é enorme e sem limites.

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