VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

OPERAÇÃO CARTOLA - PREFEITOS CRITICAM AÇÃO DA POLÍCIA

OPERAÇÃO CARTOLA. Famurs critica ação da polícia. Entidade defendeu prefeitos que a Polícia Civil quer investigar por suspeita de irregularidades - ZERO HORA 02/09/2011

O pedido da Polícia Civil para investigar oito prefeitos em relação a suspeitas apuradas na Operação Cartola enfrentou ontem críticas da Federação das Associações de Municípios (Famurs), a exemplo do que já ocorrera quando a ação foi deflagrada, há quase dois meses. Presidente da entidade, Mariovane Weis classificou a medida como “segundo ato da operação circo”:

– Não existe nada de concreto, são indícios irreais, condenação prévia, um desrespeito com os prefeitos, que vão processar essas autoridades.

Na quarta-feira, a polícia encaminhou à Justiça um relatório parcial de investigação descrevendo a necessidade de incluir oito prefeitos na apuração. A Justiça ainda não se manifestou.

Segundo o relatório, não há, até o momento, suspeitas em relação a três prefeitos: Constantino Orsolin (PMDB), de Canela, Romildo Bolzan Júnior (PDT), de Osório, e Alex Sander Boscaini (PT), de Viamão.

Romildo falou ontem sobre o desdobramento do caso:

– Fico contente que disseram que estamos fora de suspeitas, mas o assunto foi tão espalhafatoso, que nada me repara. Espero que seja concluído logo e estabelecida a inocência.

Boscaini disse que o relatório, ao não apontar suspeitas contra ele, só comprova o que ele vem afirmando:

– Nosso contrato com a empresa é dentro da lei e os serviços contratados são só os essenciais, que são a divulgação do IPTU e do parcelamento de dívidas. O inquérito coloca meu nome e a prefeitura fora de suspeitas.

Sobre as suspeitas oriundas de um e-mail em que um ex-secretário municipal teria supostamente solicitado dinheiro à PPG para ajudar um vereador aliado, o prefeito de Cachoeirinha, Luiz Vicente Pires (PSB), reagiu:

– A questão do e-mail do assessor penso que as forças de segurança e a Justiça devem alcançar essa pessoa, mas não envolver o prefeito, não tem citação do meu nome no inquérito.

Em relação a um telefonema que, segundo a polícia, indicaria sua relação com sócios da PPG, o prefeito de Tramandaí, Anderson Hoffmeister (PP), explicou:

– Realmente, fui com motorista pegar os diretores da PPG para almoçar. Era para tratarmos a relação das visitas oficiais do prefeito, da rainha e das princesas da Festa do Peixe aos veículos de imprensa.

Hoffmeister e Pires afirmaram que o TCE nunca fez apontamentos sobre irregularidades no contrato da PPG com suas prefeituras. Já o prefeito de Alvorada, João Carlos Brum (PTB), contra o qual a polícia sustenta ter indícios de envolvimento, negou qualquer envolvimento com o caso:

– A Justiça vai dizer que não tem elementos contra mim, mas, se for adiante, vai ser arquivado.


A origem

- A Operação Cartola foi iniciada a partir de suspeitas de irregularidades em contratos da empresa PPG Comunicação com as prefeituras de Alvorada, Cachoeirinha, Canela, Osório, Parobé, São Sebastião do Caí, Tramandaí e Viamão. O suposto esquema consistiria em beneficiar a PPG em contratos em troca de apoio financeiro para políticos.

Nenhum comentário: