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domingo, 11 de setembro de 2011

DESPERDÍCIO - EMENDAS PARLAMENTARES APOIAM TURISMO QUE NÃO EXISTE

Emendas apoiam turismo que não existe. Levantamento do ‘Estado’ revela recursos para fomentar setor em cidades sem vocação - 10 de setembro de 2011 | 23h 51 - Vannildo Mendes, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Porta de entrada do Rio Amazonas e palco do maior festival de boi-bumbá do País, Parintins está entre os 65 municípios brasileiros indutores do turismo e é a cidade mais visitada por estrangeiros no Estado. Mas em recursos federais ficou na quarta posição, com R$ 5,9 milhões recebidos da União nos últimos 15 anos, atrás de Manaus (R$ 85 milhões), Borba (R$ 7 milhões) e Rio Preto da Eva (R$ 6,5 milhões), onde a maior atração é a Feira da Laranja.

Esses são alguns dos exemplos emblemáticos de distorção e falta de critério na destinação de recursos para fomentar o desenvolvimento do turismo no País. Pesquisa realizada pelo Estado em duas fontes de recursos - o orçamento do Ministério do Turismo e as emendas parlamentares - mostra que, mesmo quando chega, o dinheiro não vai necessariamente para atividades turísticas e acaba servindo para tapar buracos de investimentos não feitos por outras pastas, como Cidades, Transportes e Integração Nacional.

O Portal da Transparência do governo federal mostra que, num período de 15 anos, a União investiu R$ 10,6 bilhões nas 27 unidades da Federação, mediante convênios do Ministério do Turismo. Aí estão incluídas as emendas de parlamentares, que engordam em quatro vezes o orçamento da pasta.

Em Alagoas, as maiores verbas do turismo foram para Barra de São Miguel (R$ 46 milhões), no litoral sul. Mas o dinheiro, em vez de fomentar empreendimentos turísticos, foi investido em saneamento básico e construção de um sistema de abastecimento de água. Como ainda faltaram recursos, o ex-deputado Augusto Farias (PSC-AL) descarregou suas últimas emendas para completar as obras.

O segundo lugar no recebimento de recursos no Estado foi Porto de Pedras (R$ 39 milhões), no litoral norte. O dinheiro foi todo investido na construção de uma rodovia e em pavimentação urbana. Quase nada foi destinado para atividades turísticas.

Presídio. Quando se fala em Aparecida de Goiás, a primeira imagem que vem à cabeça é a do centro penitenciário (Cepaigo), palco de sangrentas rebeliões. Em matéria de turismo, a cidade, na região metropolitana de Goiânia, é inexpressiva. Mas dividiu o primeiro lugar com Itumbiara, famoso centro turístico banhado pelo Rio Paranaíba. Ambas receberam R$ 18 milhões e deixaram para trás Caldas Novas (R$ 13 milhões), o maior polo turístico do Estado, além das cidades da Chapada dos Veadeiros, famosa rota do turismo ecológico.

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