EDITORIAL DIÁRIO CATARINENSE, 01/11/2011
A um ano das eleições municipais, o assunto já domina os meios políticos de todos os recantos do Estado e assanha milhares de candidatos a canditatos a prefeito e a vereador. E é no âmbito das câmaras de vereadores que se concentra a maior polêmica do próximo pleito, principalmente em 85 municípios que podem, por lei, aumentar o número de cadeiras parlamentares.
Reportagem do DC do último domingo mostrou que das 85 cidades aptas a elevar o número de parlamentares, 43 já o fizeram, entre elas, Florianópolis – totalizando 142 novas vagas –, e 23 desistiram em decorrência da pressão da população, que tem semostrado contrária a “abrigar” mais representantes no Legislativo e, consequentemente, a arcar com mais custos. Em São Joaquim e Lages, que já elevaram a composição das câmaras por lei, projetos de iniciativa popular foram apresentados ontem com o objetivo de derrubar estes aumentos.
Diante da rejeição da maioria da população, soa estranha e completamente alheia à realidade – pois afronta diretamente os interesses de quem deveria representar – esta intenção dos atuais vereadores de aumentar a composição dessas câmaras.
E é justamente nesse aspecto – não ter nos seus vereadores representantes e defensores de suas demandas – que repousa a grande repulsa a esta criação de mais vagas, pois, salvo raras exceções, o cargo só tem servido para que os detentores de mandato defendam seus próprios interesses.
Em um momento que a sociedade toda está ávida por mais transparência e seriedade no trato da coisa pública, nada poderia ser mais fora de hora e contra este anseio do que criar mais cargos públicos. Um deboche que pode e deve ser combatido.
A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
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