VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

GESTÃO PÚBLICA DO RS PRECISA RESSOCIALIZAR

Estado precisa de ressocialização na gestão pública - JORNAL DO COMERCIO, 27/11/2011

Se pudéssemos chegar a um certo grau de ciência e sabedoria, nos tornaríamos impassíveis e impecáveis. Por que o Rio Grande do Sul passou por tantos altos e baixos nos últimos 30 anos, com a sucessão de executivos, julgadores e legisladores que não encontram uma gestão eficiente, equilibrada e duradoura para os achaques socioeconômicos que nos afligem? Por que as finanças gaúchas permanecem no limiar entre o empréstimo, a dívida, o atraso e os reajustes reclamados? Por que há aumentos diferenciados para categorias, as quais protestam que o seu ofício é importante? Mas todo o dinheiro não vem do Tesouro? O Rio Grande do Sul lembra-se de que tem dois antídotos para os males que o afligem, a verdade nas campanhas políticas e a prudência quando no mando. O poder é solitário e dele apenas se cobra.

Historicamente, os governos foram criando penduricalhos nos vencimentos. Alguns até justos, a maioria colados na Constituição Federal ou na Estadual, engessando os governantes. É a dificuldade primária para praticar isonomias salariais e contentar a tudo e a todos. Os nossos governantes, no Executivo, Legislativo e, às vezes, no Judiciário, tornaram-se apenas gerentes de recursos humanos ou administradores da folha de pessoal. Os meios se tornaram fins em si mesmos e isso não é bom para ninguém. Ah! Mas é justo, está na Constituição ou nesta ou naquela lei ou foi promessa. E assim vemos a vida passar. Dinheiro na mão dos governos é vendaval. Não se está demonizando os servidores públicos do Estado e dos municípios, nem os do governo federal, os quais, na maioria, ganham apenas entre o limite do pouco ou razoável. No entanto, há nichos diferenciados e aí começam os problemas.

O Rio Grande do Sul precisa de uma ressocialização na gestão pública. Os que pedem aumento são agentes e pacientes do seu próprio trabalho. Se o Estado arrecada melhor terá mais rodovias, mais escolas, mais saúde e mais segurança. Isso será bom para os servidores públicos e suas famílias. O Estado é o coletivo, a população, e não pode haver injustiças, apenas hierarquia salarial, mas sem abismos entre os ganhos, como ocorre hoje. O Rio Grande parece um doente em estado terminal financeiro vivendo à custa de balões de oxigênio e transfusões de dinheiro. Tudo por conta de enganos e visões equivocadas no passado e que permanecem. As isonomias, claras ou subjetivas, que existem nas categorias funcionais obscurecem as finanças. É um tal de equiparar A com B, que pede igualdade com C, que depende do vencimento da categoria D, que espera ganhar igual a E e assim vai se perpetuando uma situação que não é boa para ninguém e se torna muito difícil de administrar. Aí vêm os pensamentos negativos, as querelas, o bacharelismo, as frases de efeito mas inócuas, a ansiedade neurótica por causa dos vencimentos baixos, e o Estado não avança. Não como deve e pode, pelo potencial dos seus servidores, dos empresários e dos gaúchos em geral. Necessitamos de uma atitude positiva e de planejamento coletivo. Há um mundo de coisas para fazer no Rio Grande. Planejar, executar e manter projetos oficiais do Estado, não de governos, é preciso. Nós somos o que pensamos e as nossas convicções de gestão.

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