FARRA DAS DIÁRIAS - COLUNA DO LEITOR, ZERO HORA 11/11/2011
Nossa Assembleia Legislativa tem a cara da política sem moral. Esse aspecto se verifica nas Câmaras de Vereadores, nas Assembleias estaduais e no governo central. Meter a mão no dinheiro público tornou-se vício, justificado pela necessidade de trabalho, quase sempre interesseiro. Quando se trata de dinheiro para os bolsos dos políticos, as justificativas são amplas, mas sem fundamento real. Waldomiro Minella, Professor – Caxias do Sul
Nossos ilustres deputados, “preocupados” com a população, optaram por manter a farra das diárias da mesma forma, e nós, que pagamos a conta, assistimos da plateia sem fazer nada. Alguém acreditava que iria mudar? Eles legislam em causa própria, nunca vão mudar. Mario Vinicius P. Brandão, Empresário – Venâncio Aires
A desculpa dos deputados de que viajam para se aperfeiçoar e no interesse público não cola. Bastaria que fosse exigido, antes do pagamento de diárias, um relatório das atividades, para verificar se são do interesse público. Os salários públicos deveriam ser vinculados a uma determinada regra, como, por exemplo, o salário mínimo. Telmo Sebastião Scotti, Bancário – Caxias do Sul
Valor baixo - zero hora 09/11/2011
Enquanto se discute na Assembleia Legislativa o valor das diárias de nossos nobres deputados, o governo praticamente ignora as reivindicações dos delegados de polícia a apresenta uma proposta de aumento que beira o ridículo. João Eduardo Avila Bassuino, Programador – São Leopoldo
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Dizem que o nosso Estado é um dos mais politizados da federação e a Assembléia Legislativa um modelo. Entretanto, neste caso das diárias, o parlamento gaúcho mostra que não é diferente a outros do país, e pode ser até pior. É evidente os sinais de imoralidade, desvios de finalidade e de mau uso de verbas públicas num Estado apregoado pelos políticos como deficiente financeiramente. Esta farra revela o interesse de complementar salários que já são altos, sem se preocupar com o o erário, sem ouvir os protestos dos brigadianos que ainda possuem um dos piores salários do Brasil, apoiar a negativa do governo em pagar o piso para os professores e defender o governo na negativa de reconhecer o valor dos Delegados de Polícia e Oficiais da BM em relação aos procuradores e promotores públicos. Este é o meu Rio Grande glorioso, mas entristecido pelo parlamento que tem.
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