ZERO HORA 25 de maio de 201
NOVA ESTRATÉGIA. Voto secreto pode salvar mandato.
Demóstenes, na iminência de ter a cassação aprovada no Conselho de Ética, articula apoio no plenário, onde conta com o sigilo
Mestre
na arte da sobrevivência no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) é o atual
exemplo do colega goiano Demóstenes Torres (ex-DEM). Mesmo acossado por
denúncias de envolvimento com Carlinhos Cachoeira, o parlamentar aposta
na possibilidade de repetir o feito de Renan, que escapou duas vezes da
cassação.
Demóstenes conta com o mesmo artifício que beneficiou o político alagoano, o voto secreto em plenário. Criado para proteger a independência de deputados e senadores da pressão do governo e de interesses privados em algumas decisões, o voto sob sigilo acabou se tornando uma arma do corporativismo. Renan foi acusado de ter contas pagas por lobista de empreiteira, de favorecer uma empresa e de comprar rádios por meio de laranjas. Ainda assim, foi absolvido em 2007.
Como a emenda constitucional que prevê o fim do voto fechado nunca vingou, Demóstenes tem investido em articulações para ter o jogo a seu favor. Hoje, só precisaria convencer 11 senadores para não perder o mandato.
No Senado, uma cassação exige o voto de 41 dos 81 integrantes. Em um levantamento informal, Demóstenes já contaria com 30 votos a seu favor, principalmente do PMDB, legenda de Renan. Os defensores de Demóstenes acreditam que ele tem chance no plenário. Tudo por causa do corporativismo protegido pelo sigilo. Tanto que, no Conselho de Ética, a cassação deve ser aprovada em votação aberta no final de junho. Lá, os 15 titulares do colegiado terão de dar o rosto ao votar.
Parlamentar flagrada em vídeo foi absolvida
Mas a atenção de Demóstenes está voltada é para o plenário. Alguns colegas, sob anonimato, admitem a possibilidade de sobrevivência do goiano.
O maior medo dos senadores nesse tipo de decisão é a repercussão na opinião pública. Com a imagem abalada, o Congresso teme cair ainda mais aos olhos da população. Enxotado do DEM, Demóstenes não tem nem mais partido para sustentá-lo. Renan, ao menos, contava com o forte PMDB.
A falta de uma rede de proteção, no entanto, não chega a selar destinos. Jaqueline Roriz, deputada do nanico PMN, foi absolvida pelos colegas no ano passado mesmo após ter sido exposta em todo o país em um vídeo recebendo propina em Brasília.
Demóstenes conta com o mesmo artifício que beneficiou o político alagoano, o voto secreto em plenário. Criado para proteger a independência de deputados e senadores da pressão do governo e de interesses privados em algumas decisões, o voto sob sigilo acabou se tornando uma arma do corporativismo. Renan foi acusado de ter contas pagas por lobista de empreiteira, de favorecer uma empresa e de comprar rádios por meio de laranjas. Ainda assim, foi absolvido em 2007.
Como a emenda constitucional que prevê o fim do voto fechado nunca vingou, Demóstenes tem investido em articulações para ter o jogo a seu favor. Hoje, só precisaria convencer 11 senadores para não perder o mandato.
No Senado, uma cassação exige o voto de 41 dos 81 integrantes. Em um levantamento informal, Demóstenes já contaria com 30 votos a seu favor, principalmente do PMDB, legenda de Renan. Os defensores de Demóstenes acreditam que ele tem chance no plenário. Tudo por causa do corporativismo protegido pelo sigilo. Tanto que, no Conselho de Ética, a cassação deve ser aprovada em votação aberta no final de junho. Lá, os 15 titulares do colegiado terão de dar o rosto ao votar.
Parlamentar flagrada em vídeo foi absolvida
Mas a atenção de Demóstenes está voltada é para o plenário. Alguns colegas, sob anonimato, admitem a possibilidade de sobrevivência do goiano.
O maior medo dos senadores nesse tipo de decisão é a repercussão na opinião pública. Com a imagem abalada, o Congresso teme cair ainda mais aos olhos da população. Enxotado do DEM, Demóstenes não tem nem mais partido para sustentá-lo. Renan, ao menos, contava com o forte PMDB.
A falta de uma rede de proteção, no entanto, não chega a selar destinos. Jaqueline Roriz, deputada do nanico PMN, foi absolvida pelos colegas no ano passado mesmo após ter sido exposta em todo o país em um vídeo recebendo propina em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário