VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O PAPELÃO DOS CONCURSOS

Despreparo de empresas que organizam seleções e supostas tentativas de fraudes frustram milhares de candidatos - CAIO CIGANA, zero hora 13/05/2012

Sinônimo de esperança de uma carreira com estabilidade, os concursos públicos realizados por prefeituras gaúchas também se tornam cada vez mais motivo de frustração para milhares de candidatos e dor de cabeça para gestores. Somente do ano passado para cá, recai a suspeição de irregularidades em certames de pelo menos 12 municípios do Interior por despreparo das organizadoras e até supostas tentativas de fraude. Na maior parte dos casos, as próprias administrações anulam os processos. Outros, no entanto, viram caso de polícia ou param na Justiça.

Um dos episódios recentes mais rumorosos é o de Formigueiro, na Região central. Um dia após o concurso, em 4 de março, o agricultor Arlindo Weber registrou em cartório uma lista com seis nomes de candidatos com algum vínculo com pessoas ligadas à prefeitura que seriam aprovadas. Acertou cinco. No total, passaram pelo menos 11 pessoas que têm ligação pessoal ou profissional com o prefeito João Natalício da Silva ou com um secretário. Weber tomou a iniciativa porque sua filha, que fez a prova, relatou ter visto cartões-resposta serem entregues em branco.

– Não vimos anormalidade. Foi gente da oposição que testemunhou, uma filha do possível candidato a prefeito. É problema político – alega Natalício, defendendo a lisura do concurso organizado pela empresa Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos (IDRH), de São Leopoldo.

Mesmo admitindo ser adversário político do prefeito, o agricultor diz que denúncia não tem caráter partidário.

– É uma questão de justiça – sustenta Weber, que também registrou boletim policial, segundo ele por ter sido ameaçado por um dos supostos beneficiados.

O caso virou CPI no município e levou a Justiça, a pedido do Ministério Público, a suspender por liminar a nomeação dos aprovados para 10 cargos.

CONTRAPONTOS

IDRH CONCURSOS - O advogado da empresa, Magnus Viana, diz que, como ainda não conhece os autos do processo, prefere não se manifestar sobre o caso de Formigueiro.

PREFEITO DE FORMIGUEIRO, JOÃO NATALÍCIO DA SILVA - Conforme o prefeito, o concurso não teve anormalidades, e as denúncias têm cunho político. Sustenta, por exemplo, que o seu filho, um dos aprovados, passou em vestibular da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) há três anos, também uma seleção pública, o que comprovaria sua capacidade. Afirma ainda que a filha, também aprovada, já é concursada da prefeitura e concorreu a outro cargo.

– Minha filha tem Faculdade de Enfermagem e é acadêmica de Direito. Por isso, teria condições de passar – afirma o prefeito.

Um comentário:

Anônimo disse...

Até que enfim alguma alguém teve coragem de denunciar.Em Formigueiro esse prefeito atual faz o que bem entende com inúmeras irregularidades e quando alguém pensa em abrir a boca eles compram o silêncio.