A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
CENÁRIO NEBULOSO
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - ZERO HORA 06/04/2012
Uma das laranjas de amostra das administrações petistas, a prefeitura de São Leopoldo está no olho do furacão com a investigação de denúncias de irregularidades que podem respingar em autoridades com foro privilegiado no Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. O prefeito Ary Vanazzi (PT), que em 2008 se reelegeu com nada menos do que 77% dos votos válidos, vê se aproximar o fim do mandato sob uma chuva de denúncias de irregularidades, as mais visíveis envolvendo o Hospital Centenário. As investigações da Polícia Civil, ainda inconclusas, já produziram repercussões políticas no PT e na oposição.
Só a notícia de que a polícia está investigando um suposto esquema de desvio de recursos foi suficiente para animar a oposição, aniquilada por Vanazzi nos últimos anos. Até bem pouco, dizia-se na cidade que, por sua popularidade, Vanazzi seria capaz de eleger um poste. O prefeito escolheu como seu candidato o secretário do Planejamento, Paulo Borba, que atropelou dois nomes fortes do PT, o deputado federal Ronaldo Zulke e o chefe do escritório do Rio Grande do Sul em Brasília, Ronaldo Teixeira, o Professor Nado, homem de confiança do governador Tarso Genro.
Ontem, Nado acrescentou gasolina à crise. Ao deixar o comando do escritório de Brasília para não ficar inelegível, deu declarações dizendo que estava à disposição do PT para concorrer, dando a entender que a candidatura de Paulo Borba pode não prosperar em função dos problemas que envolvem a prefeitura. O fogo amigo provocou a ira de Vanazzi, que acusou o professor de estar na origem das denúncias para tentar se viabilizar como candidato. Nado pode ter se aproveitado do momento de fragilidade, mas a origem das acusações é outra e está plenamente identificada: o ex-secretário Marco Antonio Pinheiro, que deu incontáveis entrevistas e procurou o MP e a Polícia, apontando supostas irregularidades em diferentes órgãos do município, e o médico Carlos Arpini, autor de dossiê de problemas no Centenário. Arpini foi esfaqueado na quarta-feira, um episódio que tanto pode ser uma tentativa de assalto quanto uma forma de intimidá-lo, às vésperas de um depoimento à polícia. O clima na cidade dá combustível às teorias conspiratórias.
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