A Sociedade organizada têm por dever exigir dos Poderes de Estado o foco da finalidade pública e a observância do interesse público na defesa dos direitos básicos e da qualidade da vida da população na construção de uma sociedade livre, justa e democrática. Para tanto, é necessário aprimorar as leis, cumprir os princípios administrativos, republicanos e democráticos, zelar pelas riquezas do país, garantir a ordem pública, fortalecer a justiça e consolidar a Paz Social no Brasil.
VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.
sábado, 21 de abril de 2012
A CPI DA HIPOCRISIA
EDITORIAL ZERO HORA 21/04/2012
É grande o ceticismo dos brasileiros em relação à recém-instalada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e agentes públicos. E há mesmo muitas razões para descrença, a começar pela composição do grupo encarregado da investigação: dos 32 integrantes indicados pelos partidos políticos, 17 têm pendências com a Justiça. Mas o que mais pesa para o descrédito geral nem é a vida pregressa de alguns parlamentares, que de certa forma foram absolvidos pelos eleitores ao serem reconduzidos para os cargos que ocupam. O que leva a opinião pública a desconfiar da CPI são as manifestações de governistas e oposicionistas, que mostram a clara vontade de utilizar o instrumento parlamentar muito mais para fustigar adversários políticos do que para apurar desmandos e falcatruas.
Embora a presidente Dilma Rousseff tenha sido cautelosa no seu posicionamento sobre a CPI, assegurando total respeito ao Congresso, outros membros do governo já tentam condicionar os parlamentares, exigindo que a investigação se restrinja à Operação Monte Carlo, na esperança de que atinja apenas representantes de partidos da oposição. Já os oposicionistas fazem um monumental esforço para enredar o governo nas trapaças do contraventor e nas operações cada vez mais suspeitas da empreiteira Delta, uma das mais atuantes no Programa de Aceleração do Crescimento.
Pouco se fala no verdadeiro objetivo de uma CPI isenta da contaminação política, que deve ser a apuração de malfeitos envolvendo homens públicos, independentemente da agremiação política a que estejam ligados e do credo ideológico que professem. Uma comissão investigatória desta natureza deve estar voltada prioritariamente para o interesse público. Embora sua atribuição seja apenas investigar – e não aplicar penas –, a comissão parlamentar tem poderes semelhantes ao de autoridades judiciais, podendo solicitar a quebra de sigilo bancário dos suspeitos, requisitar informações e documentos sigilosos, para então encaminhar as conclusões ao Ministério Público e à Justiça.
É o que os brasileiros, já vacinados por outras CPIs que se transformaram em palanques eleitorais, desejam da atual investigação.
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