VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

CORRUPÇÃO ELEITORAL



ZERO HORA 16/10/2012

EDITORIAIS

As denúncias de compra de votos, uso da máquina pública, empreguismo e abuso do poder econômico e político, investigadas pelo Ministério Público em Triunfo – uma das cidades mais ricas do Estado –, demonstram que, mesmo marcada pela Ficha Limpa, a eleição deste ano repetiu práticas políticas condenáveis que deveriam fazer parte do passado. Confirmado por reportagem da RBS TV, o registro de corrupção eleitoral poderá resultar na cassação dos candidatos eleitos beneficiados pelo esquema delituoso. Um aspecto deplorável do episódio é que crimes desse tipo não ocorrem sem a conivência ou participação direta de eleitores, dos quais o que se deve esperar sempre é justamente o máximo de controle sobre a atuação de candidatos.

Não é difícil, como foi constatado a partir do caso, imaginar o drama de quem não tem dinheiro para pagar uma conta de energia elétrica ou está atrás de emprego para um familiar. É inadmissível, porém, que alguém possa aceitar, da parte de políticos interessados em chegar ao poder de qualquer forma, favores desse tipo bancados pelo dinheiro dos eleitores e contribuintes. No caso de candidatos, a situação é ainda mais grave, pois políticos precisam ter consciência de que esse tipo de artifício constitui crime e pode implicar até mesmo a perda do mandato.

Um aspecto inquietante da denúncia é o de que um dos citados no esquema está com sua candidatura impugnada, à espera da manifestação final por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A razão foi o fato de ter sido flagrado fazendo turismo no Paraguai no momento em que deveria estar participando de um curso para políticos pago com dinheiro público.

As denúncias relacionadas a Triunfo não se constituem num caso isolado. É intolerável que fatos desse tipo continuem se multiplicando, justamente no momento em que o país empreende um esforço para julgar casos emblemáticos como o do mensalão.

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