VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

POLÍTICOS DEIXARAM AS RUAS

ZERO HORA 30 de setembro de 2012 | N° 17208

POLÍTICA

NILSON MARIANO


Os canteiros das avenidas estão tomados por cavaletes, placas, bandeiras e cartazes apresentando os candidatos a vereador. Mas onde está o debate de propostas sobre o futuro das cidades? A discussão de ideias sobre saúde, educação, segurança, mobilidade urbana, preservação ambiental?

Com sede em Brasília, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) alerta que os partidos se afastaram da sociedade. Passaram a investir na propaganda eleitoral nos meios de comunicação, mas abandonaram as ruas.

Integrante do colegiado de gestão do Inesc e coordenador do Fórum Nacional de Participação Popular, José Antônio Moroni diz que os partidos brasileiros funcionam como “feudos”, dominados por grupos que se apropriam da estrutura. Não representam parcelas da população, mas seus próprios interesses.

– Os partidos não têm ligação orgânica com a sociedade. No momento eleitoral, isso fica mais evidente – constata Moroni.

O Inesc e o Fórum Nacional de Participação Popular reclamam que o sistema eleitoral brasileiro, além de distanciar o eleitor do candidato, favorece o poder econômico dos políticos. Acabam ganhando as vagas os que têm mais dinheiro para gastar em propaganda e nas estratégias de marketing. Para Moroni, o desvirtuamento é pernicioso à democracia:

– A maioria dos candidatos se preocupa mais com a arrecadação de fundos do que com o contato com seus eleitores. Depois da eleição, presta contas ao financiador, e não ao eleitor.

Outra anomalia, na avaliação de Moroni, é que o eleitor termina por votar numa personalidade, não em proposições e ideologias partidárias. Ele defende uma reforma política, que mude o financiamento das campanhas, a seleção da lista de candidatos e as coligações entre partidos.

Nenhum comentário: