VOTO ZERO significa não votar em fichas-sujas; omissos; corruptos; corruptores; farristas com dinheiro público; demagogos; dissimulados; ímprobos; gazeteiros; submissos às lideranças; vendedores de votos; corporativistas; nepotistas; benevolentes com as ilicitudes; condescendentes com a bandidagem; promotores da insegurança jurídica e coniventes com o descalabro da justiça criminal, que desvalorizam os policiais, aceitam a morosidade da justiça, criam leis permissivas; enfraquecem as leis e a justiça, traem seus eleitores; não representam o povo e se lixam para a população.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DICAS PARA ESCOLHER SEU VEREADOR


ZERO HORA 30 de setembro de 2012 | N° 17208

POLÍTICA. Para escolher seu vereador

A uma semana da eleição, ZH ouviu especialistas para montar um guia focado na eleição dos vereadores. Veja como escolher o seu representante na Câmara

NILSON MARIANO


Quem compra um automóvel costuma pesquisar a marca, o desempenho do motor, o conforto e a segurança que oferece, a durabilidade das peças, se é um bebedor de gasolina ou freguês assíduo da oficina mecânica. Na averiguação, não escapam itens como o histórico de recalls – quando o veículo tem de voltar à concessionária para corrigir defeitos de fábrica.

Pois o secretário-geral da organização Contas Abertas, Gil Castello Branco, sugere que o eleitor adote a mesma postura no momento de escolher o candidato a vereador.

Pesquisa do Ibope, divulgada sábado, aponta que metade dos eleitores de Porto Alegre ainda não definiu o candidato a vereador. Mais um motivo para escolher criteriosamente. Examine a trajetória do concorrente. Verifique se é atuante, cioso do dinheiro público e atento a compromissos. Por fim, certifique-se do principal: se não está em fase de recall, envolvido em processos judiciais ou escândalos.

– Perdemos um dia, dois, escolhendo um automóvel. Com muito mais razão, devemos arranjar tempo para escolher nosso representante político – destaca Castello Branco.

Assim como outras entidades, a Contas Abertas disponibiliza cartilhas via internet para ajudar na definição de um candidato a vereador. A intenção é estimular escolhas responsáveis, que provoquem uma faxina nos parlamentos municipais, excluindo aqueles de conduta duvidosa – desde os que compram votos até os que se utilizam do cargo para roubalheiras.

Para o diretor do site Congresso em Foco, Sylvio Costa, a primeira medida é recusar o candidato desonesto. Observa que o eleitor deve se conscientizar sobre a função de um vereador. É aquele que vigia o patrimônio público, apresenta projetos de lei para melhorar a cidade, fiscaliza os atos do prefeito.

– Não dá para votar num sujeito que é ladrão – afirma Costa.

Seleção é complicada nas pequenas cidades
Organizações civis surgem como auxiliares dos eleitores. Em 2009, Daniel Veloso e mais quatro colegas do Rio de Janeiro, todos com menos de 30 anos, criaram o Repolítica, site que incentiva o voto consciente ao fornecer informações sobre os candidatos. O Repolítica também propõe discussões sobre assuntos urbanos polêmicos, para forçar o posicionamento dos parlamentares.

– O site foi elaborado a partir da nossa própria dificuldade em encontrar candidatos nas eleições de 2008 – diz Veloso.

A tarefa continua ingrata. Para o diretor executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Abramo, os eleitores até que dispõem de meios para selecionar os candidatos a vereador nas capitais. No entanto, nas cidades distantes, a situação seria de desamparo.

– O eleitor desses municípios está frito, sem pai nem mãe – ressalta Abramo.

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