EDITORIAIS
Encerradas as eleições municipais, o país sai com sua democracia fortalecida para a sucessão presidencial de 2014 e com um novo conjunto de forças políticas. Fica evidente que o eleitor optou pela diversidade e pela renovação. Mesmo o PT, que acabou ficando com a joia da coroa – a prefeitura de São Paulo –, obteve sua principal vitória com um nome novo: o ex-ministro Fernando Haddad. Pesou bastante, evidentemente, o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, mas não há dúvida de que a preferência dos paulistanos foi pelo novo. A clara opção pela renovação – tanto sob o ponto de vista de tempo de atuação política quanto de estilo, com perda de espaço para os líderes tradicionais – levou a uma fragmentação na nova composição de forças. Essa particularidade impediu que o resultado se limitasse a um único grande vencedor ou a um único grande perdedor, aspecto salutar para uma democracia que precisa se consolidar com a pluralidade e com partidos fortes.
Apesar da conquista significativa em São Paulo, o partido do governo saiu fragilizado no conjunto do país, levando em conta o número de prefeituras que comandará. As oposições, porém, saíram-se ainda pior: a eleição de ACM Neto em Salvador deu sobrevida ao DEM e o PSDB ficou menor, ainda que Aécio Neves saia fortalecido para a disputa presidencial. E uma força nova foi consolidada pelo pleito municipal: o PSB, que passou a contar até mesmo com um candidato à presidência da República – o governador pernambucano Eduardo Campos. Esses são aspectos com repercussões sobre o próximo pleito, para o qual os políticos deveriam dedicar atenção só mais adiante. O país, que se renovou nas urnas e consolidou um novo jogo de forças partidárias, não pode se lançar desde agora à próxima campanha eleitoral, sem ao menos ter encaminhado questões essenciais com as quais os candidatos se comprometeram perante os munícipes.
Os resultados das eleições, com a realização do segundo turno em 17 capitais e 33 cidades do interior do país, em 19 Estados, porém, vão além da redefinição do jogo de forças políticas. O elevado percentual de abstenção, que somado ao votos brancos e nulos foi o maior desde 1996 em São Paulo, deixou evidente o rechaço do eleitor a campanhas eleitorais baseadas em ataques mútuos e no esforço permanente pela desconstrução do adversário. A apuração final confirmou também a opção já manifestada pelo eleitor no primeiro turno de não se deixar seduzir por candidaturas surgidas de aventureiros ou de oligarquias, mesmo em regiões nas quais elas geralmente se mostravam mais influentes.
Definido o recado transmitido pelos eleitores, é hora de os candidatos ungidos pelo voto se concentrarem em seus programas de governo e na realidade financeira das prefeituras cujo comando irão assumir em janeiro. Nesse período até a posse, precisam levar em conta também o fato de as eleições terem sido realizadas sob novos parâmetros éticos, o que reforça a expectativa de seriedade absoluta no comando dos municípios.
Encerradas as eleições municipais, o país sai com sua democracia fortalecida para a sucessão presidencial de 2014 e com um novo conjunto de forças políticas. Fica evidente que o eleitor optou pela diversidade e pela renovação. Mesmo o PT, que acabou ficando com a joia da coroa – a prefeitura de São Paulo –, obteve sua principal vitória com um nome novo: o ex-ministro Fernando Haddad. Pesou bastante, evidentemente, o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, mas não há dúvida de que a preferência dos paulistanos foi pelo novo. A clara opção pela renovação – tanto sob o ponto de vista de tempo de atuação política quanto de estilo, com perda de espaço para os líderes tradicionais – levou a uma fragmentação na nova composição de forças. Essa particularidade impediu que o resultado se limitasse a um único grande vencedor ou a um único grande perdedor, aspecto salutar para uma democracia que precisa se consolidar com a pluralidade e com partidos fortes.
Apesar da conquista significativa em São Paulo, o partido do governo saiu fragilizado no conjunto do país, levando em conta o número de prefeituras que comandará. As oposições, porém, saíram-se ainda pior: a eleição de ACM Neto em Salvador deu sobrevida ao DEM e o PSDB ficou menor, ainda que Aécio Neves saia fortalecido para a disputa presidencial. E uma força nova foi consolidada pelo pleito municipal: o PSB, que passou a contar até mesmo com um candidato à presidência da República – o governador pernambucano Eduardo Campos. Esses são aspectos com repercussões sobre o próximo pleito, para o qual os políticos deveriam dedicar atenção só mais adiante. O país, que se renovou nas urnas e consolidou um novo jogo de forças partidárias, não pode se lançar desde agora à próxima campanha eleitoral, sem ao menos ter encaminhado questões essenciais com as quais os candidatos se comprometeram perante os munícipes.
Os resultados das eleições, com a realização do segundo turno em 17 capitais e 33 cidades do interior do país, em 19 Estados, porém, vão além da redefinição do jogo de forças políticas. O elevado percentual de abstenção, que somado ao votos brancos e nulos foi o maior desde 1996 em São Paulo, deixou evidente o rechaço do eleitor a campanhas eleitorais baseadas em ataques mútuos e no esforço permanente pela desconstrução do adversário. A apuração final confirmou também a opção já manifestada pelo eleitor no primeiro turno de não se deixar seduzir por candidaturas surgidas de aventureiros ou de oligarquias, mesmo em regiões nas quais elas geralmente se mostravam mais influentes.
Definido o recado transmitido pelos eleitores, é hora de os candidatos ungidos pelo voto se concentrarem em seus programas de governo e na realidade financeira das prefeituras cujo comando irão assumir em janeiro. Nesse período até a posse, precisam levar em conta também o fato de as eleições terem sido realizadas sob novos parâmetros éticos, o que reforça a expectativa de seriedade absoluta no comando dos municípios.
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